Administração da Cafeteria https://perfectdailygrind.com/pt/category/administracao-da-cafeteria/ Revista digital sobre café, da fazenda à xícara Wed, 03 Jan 2024 20:42:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.2 https://perfectdailygrind.com/pt/wp-content/uploads/sites/5/2020/02/cropped-pdgbr-icon-32x32.png Administração da Cafeteria https://perfectdailygrind.com/pt/category/administracao-da-cafeteria/ 32 32 Como cafeterias podem usar as novas tecnologias das máquinas de espresso a seu favor? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/12/18/tecnologia-maquina-espresso/ Mon, 18 Dec 2023 19:16:16 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=13627 Há cerca de 140 anos as máquinas de espresso vêm deixando sua marca na indústria do café. A tecnologia e o design desses equipamentos avançaram imensamente – com eficiência e ergonomia cada vez mais na vanguarda. Hoje, é imperativo que os fabricantes incorporem alguns dos recursos mais avançados e intuitivos em suas máquinas para melhorar […]

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Há cerca de 140 anos as máquinas de espresso vêm deixando sua marca na indústria do café. A tecnologia e o design desses equipamentos avançaram imensamente – com eficiência e ergonomia cada vez mais na vanguarda. Hoje, é imperativo que os fabricantes incorporem alguns dos recursos mais avançados e intuitivos em suas máquinas para melhorar a extração, bem como as experiências do barista e do cliente. 

Além disso, com a sustentabilidade mais em foco do que nunca, investir em máquinas de espresso avançadas pode ajudar as cafeterias a reduzir o desperdício e o consumo de energia – e, por sua vez, reduzir potencialmente os custos. Para saber mais sobre como a tecnologia das máquinas de espresso evoluiu e como as cafeterias podem colher toda a gama de benefícios, conversei com Maurizio Tursini, diretor de marketing e soluções do Grupo Cimbali

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como a máquina de espresso influencia o fluxo de trabalho do barista.

café compactado dentro de um porta-filtro de máquina de espresso

Como a tecnologia das máquinas de espresso vem evoluindo nos últimos anos?

De sistemas inovadores de caldeiras a tecnologia de última geração para aumentar a automação, as máquinas de espresso evoluíram de várias maneiras, especialmente nas últimas décadas. Agora, mais do que nunca, os fabricantes estão incorporando recursos mais avançados que enfatizam precisão, exatidão e consistência – muitos consideram esta uma nova era de “máquinas de espresso inteligentes”. 

Estes normalmente incluem recursos automatizados integrados. Isso ajuda a melhorar a extração e minimizar a necessidade dos baristas ajustarem diferentes variáveis de infusão a todo momento. Da mesma forma, os usuários também têm a opção de personalizar uma gama cada vez maior de fatores, incluindo:

  • pressão;
  • temperatura;
  • taxa de fluxo.

Além disso, significa que os baristas podem ajustar as configurações de extração para obter o melhor de cada café. seja ele um blend ou uma única origem. Mas além de projetar máquinas para simplesmente melhorar a qualidade do café, os fabricantes também têm priorizado a ergonomia e a sustentabilidade.

máquinas de espresso tecnologicamente avançadas tendem a incluir recursos mais fáceis de usar que ajudam a simplificar o fluxo de trabalho. Por sua vez, os baristas podem preparar bebidas de forma mais eficiente, com um alto padrão consistentemente, enquanto ainda oferecem um excelente atendimento ao cliente.

“A sustentabilidade ocupou o centro das atenções no design e nos materiais da máquina de espresso. Isso devido a uma crescente conscientização sobre questões ambientais e a necessidade de práticas ecológicas”, diz Maurizio. “Materiais e recursos sustentáveis, como componentes com eficiência energética, muitas vezes significam que as empresas de café podem reduzir custos a longo prazo.

“No Grupo Cimbali, também enfatizamos a sustentabilidade incorporando materiais reciclados em nossas máquinas e garantindo que a maioria de suas peças seja reciclável”, acrescenta. “Nós nos esforçamos para alinhar nossos projetos de máquinas com nossos compromissos ambientais.”

Detalhe da M40, nova máquina lançada pela La Cimbali

Explorando a tecnologia de ponta

Hoje, muitas máquinas de espresso ostentam uma série de inovações emocionantes. Uma das mais destacadas são as tecnologias integradas da Internet das Coisas (IoT), que podem registrar e analisar dados de extração. E, além disso, há uma gama crescente de recursos que podem controlar com precisão diferentes variáveis de preparo.

Por exemplo, a nova máquina de espresso M40 da La Cimbali – que foi lançada recentemente na HostMilano 2023 – inclui um sistema térmico para regular a temperatura com mais precisão e consistência. Isso permite que os baristas acentuem as características únicas de vários cafés e garantam que estão tirando doses de alta qualidade.

Maurizio explica como funciona: “A água é armazenada em uma caldeira de pré-aquecimento, onde sua temperatura é consistentemente controlada antes de ser distribuída para as cabeças de grupo.” O sistema também funciona aquecendo apenas as cabeças de grupo em uso – ajudando a reduzir o desperdício de água e conservar o consumo de energia.

Outro aspecto importante das máquinas de espresso é a preparação do leite. Cada vez mais fabricantes têm se afastado das hastes de vapor tradicionais. Isso porque que soluções de espuma de leite mais sofisticadas e automatizadas estão no auge. Entre elas está o recurso Turbosteam Milk 4 Cold Touch do M40. Ele oferece controle preciso de temperatura e espuma, além de quatro receitas predefinidas e níveis de espuma diferentes para leites de vaca e leites vegetais.

Aplicativos e conectividade

Recursos como telas sensíveis ao toque tornaram-se a norma para quase todas as máquinas de espresso – bem como aplicativos dedicados que os baristas podem usar para se comunicar com suas máquinas de forma mais eficaz.

Além disso, essas novas tecnologias permitem até mesmo que os usuários conectem máquinas de espresso a outros equipamentos para uma função mais intuitiva. Por exemplo, o sistema de moagem perfeita da M40, que conecta a máquina a um moedor via Bluetooth, monitora constantemente as configurações de moagem e dosagem. Por sua vez, os baristas não precisam fazer tantos ajustes manuais.

 “O sistema Barista drive da M40 garante que o moedor que você usa, como o La Cimbali G50, identifique com precisão a dose necessária para doses únicas e duplas”, diz Maurizio. “A dose é então dispensada e o sistema comunica essa informação à máquina.”

Com sistemas de telemetria integrados conectados ao Wi-Fi, os usuários também têm acesso a dados em tempo real que podem rastrear e analisar para monitorar a função e o desempenho da máquina. Ou até mesmo comunicar quaisquer problemas, ou erros aos técnicos.

Maurizio diz que o Programa global de serviço remoto da La Cimbali permite que os técnicos de máquinas resolvam problemas remotamente. E a intenção é desse programa minimizar quaisquer interrupções no fluxo de trabalho e no serviço. Ele acrescenta que a M40 também pode ser conectada continuamente ao aplicativo La Cimbali Project. E, com ele, os baristas podem alterar as configurações enquanto estiverem longe da máquina.

Extração de espresso num porta-filtro "naked"

Como explorar ao máximo as novas tecnologias das máquinas de espresso?

Com os avanços tecnológicos, os proprietários de cafés e baristas precisam saber como aproveitar o potencial de seus equipamentos. Por fim, a tecnologia e o design de máquinas mais intuitivos podem ajudar a melhorar a extração e a experiência do cliente. Entretanto, é responsabilidade do fabricante garantir que baristas com vários níveis de habilidade consigam usar as máquinas de espresso. 

Maurizio explica que o Sistema de Moagem Perfeita M40 da La Cimbali permite que os profissionais do café otimizem a extração ajustando a moagem e as configurações de dose com base no perfil de sabor alvo. Além disso, o sistema Barista Drive oferece aos usuários a opção de pré-definir parâmetros de preparo, como rendimento, temperatura e tempo de extração. “Isso reduz a necessidade de ajustes manuais e minimiza o risco de erro humano. E assim garante doses de café espresso consistentes e de alta qualidade a cada uso”, diz ele.

A automação está desempenhando um papel cada vez mais importante na tecnologia das máquinas de espresso. E embora às vezes possamos falar sobre automação com um certo nível de ceticismo em cafés especiais, é vital que os donos de cafeterias e baristas a usem a seu favor. Em suma, a tecnologia das máquinas de espresso automatizadas facilita a multitarefa e também pode simplificar o treinamento para baristas menos experientes. “Os recursos automatizados melhoram a consistência e a qualidade, garantindo a satisfação do cliente sem comprometer a eficiência”, diz Maurizio.

Além disso, o design atual de uma máquina de espresso deve priorizar detalhes funcionais para otimizar o fluxo de trabalho, a ergonomia e o desempenho geral para profissionais de café e clientes. Por exemplo, as cabeças de grupo do M40 estão localizadas mais longe dos sistemas de formação de espuma de leite para uma interação mais simplificada.

Priorizando a sustentabilidade

Os benefícios da tecnologia avançada da máquina de espresso também vão além da extração. Aproveitar os recursos novos e aprimorados da máquina significa que as cafeterias podem reduzir o desperdício, reduzir os custos operacionais e diminuir o consumo de energia. É inevitável que cafés e torrefações produzam algum desperdício, mas minimizar esses níveis é fundamental. 

Uma das muitas fontes de desperdício quando se trata de preparar bebidas são os resíduos de café e leite. Configurações imprecisas de dosagem e moagem durante a regulagem significam que os baristas precisam descartar mais café moído – o que pode aumentar rapidamente os custos. “Minimizar a retenção de moagem significa menos desperdício e menos contaminação cruzada de café moído velho e obsoleto também”, diz Maurizio. “Isso não é apenas mais sustentável, mas também mais econômico.

”Vaporizar ou espumar muito leite também é outro problema. E é por isso que as cafeterias estão se tornando cada vez mais dependentes de soluções automatizadas. Por exemplo, o Sistema de leite de dose automática da La Cimbali M40 despeja uma quantidade predeterminada de leite de um refrigerador externo ou de balcão em uma jarra. Enquanto o sistema Turbosteam pode então espumar o leite de acordo com uma receita pré definida.

A importância da eficiência energética para as máquinas de espresso

Com o aumento dos custos de energia em todo o mundo, juntamente com a crescente preocupação com as emissões de carbono, uma tecnologia de máquina de espresso mais eficiente pode ajudar as cafeterias a reduzir ambos. 

“Nosso objetivo é atender à crescente demanda por máquinas de espresso sustentáveis e energeticamente eficientes”, explica Maurizio. “Isso não apenas beneficia cafeterias e torrefadores, reduzindo os custos operacionais, mas também se alinha ao nosso compromisso de implementar práticas mais ambientalmente responsáveis.”

Como parte disso, ele acrescenta que o sistema eco-térmico do M40 pode reduzir o consumo de energia em até 66%, e também é feito de 44% de materiais reciclados e é mais de 94% reciclável.

Detalhe da nova máquina de espresso M40 da La Cimbali

À medida que a tecnologia das máquinas de espresso continua a se desenvolver, devemos esperar continuar vendo novas soluções que priorizem a consistência e a qualidade, mantendo a sustentabilidade em mente.

Embora as tecnologias possam diferir nas próximas décadas, essa evolução contínua, sem dúvida, permanecerá impulsionada pelo objetivo de oferecer sempre a melhor experiência de café possível.

Gostou? Em seguida, experimente nosso artigo sobre como o mercado de máquinas de espresso para casa está evoluindo.

Créditos das fotos: Grupo Cimbali

Tradução: Daniela Melfi. 

PDG Brasil

Observação: a Cimbali Group é patrocinadora do Perfect Daily Grind.

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Como tornar o cold brew mais lucrativo? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/07/31/cold-brew-lucrativo/ Mon, 31 Jul 2023 10:04:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=13077 Em cafeterias ao redor do mundo, o cold brew é uma das bebidas mais populares. Conforme a Technavio, até 2027, o valor do mercado global de cold brew aumentará em quase US$ 440 milhões. Se o proprietário de uma empresa de café quiser atender a uma ampla gama de consumidores, servir uma variedade de bebidas frias de […]

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Em cafeterias ao redor do mundo, o cold brew é uma das bebidas mais populares. Conforme a Technavio, até 2027, o valor do mercado global de cold brew aumentará em quase US$ 440 milhões.

Se o proprietário de uma empresa de café quiser atender a uma ampla gama de consumidores, servir uma variedade de bebidas frias de café é essencial. Além disso, as cafeterias ainda precisam garantir que suas ofertas de café extraído a frio sejam lucrativas.

Então como elas podem alcançar essa lucratividade? Para descobrir, conversei com dois profissionais da indústria. Continue a ler para saber o que eles disseram.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como as cafeterias podem usar o concentrado de café.

copo de bebida gelada de café com leite

Nos últimos anos, o cold brew passou a estar presente em muitos menus de cafeterias pelo mundo. E essa popularidade ainda não dá sinais de desaceleração. Uma pesquisa da QSR Magazine descobriu que, entre abril de 2021 e abril de 2022, os pedidos em restaurantes de serviço rápido aumentaram 27% nos EUA. O estudo sugere ainda que mais pessoas estão consumindo a bebida a qualquer hora.

Danny Pang é gerente técnico e de vendas da Marco Beverage Systems. Ele tem quase vinte anos de experiência na indústria do café e, além de ser um Q grader, julgou duas competições nacionais. Ele diz que o rápido crescimento do mercado de cold brew começou há mais de cinco anos.

“O aumento no consumo de cafés gelados sem a adição de leite ou açúcar veio do crescente interesse em origens únicas”, diz ele. “Com esses cafés, é mais fácil escolher sabores mais matizados, que os consumidores mais jovens, em particular, apreciam.”

A popularidade entre os mais jovens

É justo dizer que o cold brew é especialmente popular entre as gerações mais jovens – incluindo os millennials e a geração Z. De fato, em 2018, as bebidas mais compradas da Geração Z eram o cold brew e os produtos de café prontos para beber (RTD).

Dale Harris é o COO da Ozone Coffee Roasters no Reino Unido. Ele também é o Campeão Mundial de Baristas de 2015. Segundo ele, o café extraído à frio é acessível a uma gama muito maior do público. “Especialmente para os mais jovens, que estão procurando mais do que um latte de baunilha”, ele diz.

“Esse é um dos segmentos de café que mais cresce”, acrescenta. “Nos meses mais quentes, é um produto central em muitas cafeterias, o que pode ajudar a compensar o declínio nas vendas de compras de café quente – embora eu ache que o cold brew deva ser servido durante todo o ano.”

Copo com café gelado

Como as cafeterias fazem a extração a frio?

Há várias maneiras pelas quais as empresas de café podem preparar o cold brew. E cada método tem seu próprio impacto na experiência sensorial.

Tradicionalmente, para fazer cold brew, adiciona-se o café moído à água fria ou gelada. Essa mistura fica em repouso por um período que vai de 8 a 24 horas. Isso é o que chamamos de infusão por imersão, que resulta numa bebida mais encorpada e de alta doçura, com acidez e amargor mínimos. Este método de preparo também pode ser usado para criar um concentrado de café.

Outras técnicas populares são a infusão flash e o gotejamento de gelo de Kyoto. Embora esses métodos de preparo não resultem no cold brew tradicional, ambos produzem bebidas frias de café que são um pouco semelhantes a ele. Enquanto o primeiro envolve a preparação de café quente sobre gelo, o segundo é quando a água gelada pinga sobre o café por horas a fio.

Embora haja uma diferença significativa no tempo de preparo entre os dois métodos, tanto a infusão rápida quanto o gotejamento de gelo de Kyoto resultam em um café gelado com sabor mais limpo, com mais acidez e sabores frutados.

E quanto aos equipamentos para preparar o cold brew?

Juntamente com diferentes métodos de preparo, as cafeterias podem usar uma variedade de equipamentos para preparar o cold brew. Não importa suas configurações preferidas de cold brew, é essencial que as cafeterias tenham um moedor de alta qualidade e espaço de armazenamento suficiente.

Dale explica que, para métodos de infusão de imersão mais simples, as cafeterias podem comprar grandes recipientes para armazenar o cold brew enquanto ele está em infusão.

“Se você quer preparar e servir quantidades maiores de cold brew, tenha em mente que os extensos tempos de preparo, bem como o espaço que o equipamento ocupa, terão um grande impacto – especialmente em cafeterias menores”, diz ele. “Há também algumas medidas de saúde e segurança a serem consideradas.”

Para combater esses problemas, Danny diz que Marco desenvolveu seu novo sistema ColdBRU, que consegue preparar cold brew em três horas. “O método tradicional de imersão pode ser confuso e trabalhoso. Além disso, quanto mais tempo o cold brew permanecer em temperatura ambiente, mais oxidação ocorrerá, o que faz com que seus sabores e aromas se deteriorem”, ele acrescenta.

Danny explica que o sistema Marco ColdBRU depende da extração por percolação, ao invés da imersão. Isso significa que a água passa pelo café moído, em vez ficar integralmente em contato com o pó. “O usuário precisa moer o café num ponto de moagem específico, colocá-lo na cesta de preparo e definir o tempo e o volume total de água necessário para atingir a concentração desejada”, diz.

Equipamento para preparo de cold brew

Calculando os custos

Para que as empresas de café entendam melhor os custos de fazer cold brew, Danny recomenda dividi-los em três categorias separadas: equipamentos, mão de obra e o próprio café.

Equipamento

Em primeiro lugar, Danny usa o exemplo de investir em equipamentos para servir bebidas à base de café espresso em comparação com o cold brew. “Para servir café espresso, bem como bebidas que o usam como ingrediente, o custo do equipamento pode aumentar rapidamente”, diz.

Máquinas e moedores para espresso são equipamentos essenciais para qualquer cafeteria. No entanto, muitas vezes custam caro e exigem um investimento inicial substancial. O preço do equipamento para preparar entre 100 e 200 pedidos do cold brew por dia, por sua vez, é bem menor. 

Além disso, Danny menciona que, como o equipamento de cold brew é menos complexo do que as máquinas de café espresso, a manutenção e a limpeza são mais fáceis e econômicas.

Danny diz que os custos de mão-de-obra são muitas vezes mais baixos para o cold brew do que para o espresso.

“Em países economicamente mais desenvolvidos, os salários dos baristas podem significar um valor considerável no custo de uma empresa”, ele me diz. “Pagar aos baristas um salário competitivo é necessário para garantir a consistência e a qualidade das bebidas.”

No entanto, quando se trata do cold brew, os custos de mão-de-obra são geralmente muito mais baixos. Danny explica que isso ocorre porque o processo geral de preparo é muito mais simples do que o do café espresso.  Além disso, ele explica que com sistemas automatizados de cold brew como o Marco ColdBRU os baristas podem ter mais tempo para se concentrar em várias outras tarefas. Incluindo:

  • atendimento ao cliente;
  • gerenciamento de estoque;
  • treinamento;
  • desenvolvimento de bebidas e cardápio

Café

O custo de cada bebida depende substancialmente da quantidade de café usada. Por exemplo, Danny explica como o custo por xícara pode variar ao preparar café filtrado. “O número de cafés filtrados que você pode extrair de 1 kg de café torrado pode variar com base na relação café/água que a empresa usa”, diz ele. “Essa proporção pode variar de 1:10 a 1:17, dependendo das preferências de sabor e sensação na boca dos consumidores locais.”

Dale menciona que a eficiência do equipamento também é uma consideração importante, inclusive para o cold brew. “Muitos sistemas ineficientes de cold brew acabam usando muito mais café do que os métodos filtrados. Isso ocorre porque a temperatura de preparo mais baixa requer um nível mais alto de extração para equilibrar melhor os sabores.”

No entanto, ele acrescenta que os sistemas automatizados de cold brew permitem que o usuário gerencie variáveis com mais eficiência – incluindo o controle de rendimento, taxas de infusão e níveis de extração. Por sua vez, isso pode ajudar a reduzir os custos.

Equipamento Marco Pour'd servindo cold brew

Como as cafeterias podem tornar o cold brew mais lucrativo?

Em primeiro lugar, as cafeterias devem sempre estar aptos a servir cold brew  preparado na hora. Isso é importante principalmente durante os meses mais quentes, quando a demanda aumenta naturalmente, sendo essencial que um negócio mantenha um suprimento constante de cold brew à mão.

No entanto, ao preparar o cold brew tradicional o tempo de extração prolongado e os requisitos de espaço de armazenamento podem consumir os lucros se não forem gerenciados de forma eficaz. 

Ao mesmo tempo, os proprietários de empresas de café precisam ter uma sólida compreensão de quanto cold brew eles vendem em um dia médio – caso contrário, o desperdício se tornará uma preocupação significativa.

Danny explica que o sistema Marco ColdBRU permite que os usuários preparem lotes personalizados de cold brew, ajudando a minimizar o desperdício.

“Cafeterias que vendem volumes mais baixos de cold brew podem prepará-lo em quantidades menores, o que também ajuda a mantê-lo fresco”, diz ele. “Eventualmente, se a demanda aumentar, a empresa pode investir em outro sistema ColdBRU para aumentar sua oferta de cold brew, pois eles são mais acessíveis do que outros equipamentos de café.”

Danny também acrescenta que o ColdBRU tem uma média de 19% de níveis de extração e 4% de sólidos dissolvidos totais (TDS). Em última análise, esses rendimentos mais altos significam que as cafeterias são capazes de aproveitar ao máximo sua configuração de cold brew desperdiçando menos café e, assim, aumentando as margens de lucro. Além disso, ele explica que o sistema Marco ColdBRU não requer filtros, o que reduz ainda mais o desperdício e minimiza os custos.

Serviço rápido e fácil de bebidas

Para melhorar ainda mais a eficiência de servir cold brew, Dale explica que o Marco ColdBRU pode ser combinado com um sistema de distribuição de bebidas, como o Marco POUR’D, que pode servir até três tipos diferentes de bebidas de uma fonte.

“O serviço pode ser ainda mais impecável”, diz ele. “Além disso, também podemos servir bebidas à base de leite vegetal, aromatizadas e outros tipos de bebidas a partir de uma única fonte.” Com tudo, isso pode ajudar as cafeterias a diversificar seu cardápio e ficar de olho nas margens de lucro.

Copo de cold brew com leite

É claro que o cold brew não ficará menos popular em breve, e as cafeterias provavelmente o manterão em seus menus nos próximos anos.

Por mais fácil que seja vender, os proprietários de cafeterias ainda devem prestar atenção ao quão lucrativa é a configuração do seu café extraído a frio. Ao investir em equipamentos eficientes de cold brew, as cafeterias ainda podem servir bebidas de alta qualidade, mantendo os custos baixos.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como a automação está moldando a indústria do café.

Créditos das fotos: Marco Beverage SystemsTaller Stories

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: Marco Beverage Systems é patrocinador do Perfect Daily Grind.

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As cafeterias deveriam pesar o leite? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/04/28/cafeterias-deveriam-pesar-o-leite/ Fri, 28 Apr 2023 10:01:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=12684 Na grande maioria das cafeterias especializadas em todo o mundo, a dosagem de café é uma prática diária para preparar bebidas espresso e filtradas. Quando os baristas pesam suas doses, eles garantem que estão usando uma proporção ideal entre água e café, extraindo assim toda a gama de sabores e aromas de um café. No […]

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Na grande maioria das cafeterias especializadas em todo o mundo, a dosagem de café é uma prática diária para preparar bebidas espresso e filtradas. Quando os baristas pesam suas doses, eles garantem que estão usando uma proporção ideal entre água e café, extraindo assim toda a gama de sabores e aromas de um café.

No entanto, em sua rotina vencedora do Campeonato Mundial de Baristas de 2022 (WBC), o competidor australiano Anthony Douglas também pesou suas bebidas de leite para criar uma experiência sensorial mais consistente para todos os quatro juízes da WBC.

Naturalmente, isso levou a uma pergunta pertinente no setor de cafés especiais: mais cafeterias também deveriam pesar o leite? E, em caso afirmativo, como isso influenciaria o fluxo de trabalho do barista e a experiência do cliente?

Para saber mais sobre pesagem de leite em cafeterias, conversei com vários profissionais do café. Continue lendo para saber mais sobre eles.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre se devemos permitir leites vegetais no Campeonato Mundial de Baristas.

Balança para pesar o leite

Por que pesar o leite?

Em primeiro lugar, pesar bebidas à base de leite pode ajudar a reduzir o desperdício, sendo particularmente útil para cafeterias. A maioria dos baristas são treinados para olhar cuidadosamente a quantidade de leite que derramam para cada bebida, mas mesmo os baristas mais experientes às vezes podem usar demais.

Claro, isso leva a sobras de leite vaporizado, que se não for usado para outras bebidas, pode aumentar rapidamente os custos de resíduos de uma cafeteria. Na verdade, algumas cafeterias podem desperdiçar até R$75,00 com a sobra de leite todos os dias.

Segundo Kirk Pearson, fundador da cafeteria australiana Sub-Zero Coffee, assim como usar uma proporção ideal de água e café, os baristas e proprietários de cafeterias devem fazer o mesmo com café e leite.

“Há alguns anos, estávamos usando um blend para café espresso da ONA Coffee. Depois de algumas experiências, descobrimos ser melhor com 110g de leite – nem menos nem mais. É por isso que pesar o leite é tão importante”, diz. A maioria dos diferentes tipos de leite (incluindo leite de vaca e certos tipos de  leites vegetais) tem um sabor doce e uma sensação cremosa na boca. Sendo assim, muito leite pode apagar sabores mais delicados e complexos de determinadas variedades de café como os Gesha.

Pesar o leite pode auxiliar no treinamento de baristas

De acordo com Angus Mackie, instrutor de baristas na ONA Coffee e criador do Nucleus Coffee Tools, as bebidas de café à base de leite não devem ser consideradas menos importantes do que o café puro.

“Diferentes quantidades de leite podem resultar em diferentes experiências sensoriais. Isso porque diferentes volumes e texturas de leite podem alterar a doçura de uma bebida”, ele acrescenta.

Angus explica ainda que, teve mais da metade de sua língua removida cirurgicamente após ter sido diagnosticado com um câncer no local. E isso levou a danos significativos aos receptores gustativos.

Ele diz que, enquanto treinava para recuperar mais do paladar, as bebidas à base de leite eram particularmente úteis para identificar certas notas de sabor e aromas. “Além disso, é interessante para treinar baristas a melhorar suas habilidades de vaporização e colocação de leite, bem como seus paladares”, acrescenta.

Barista despejando leite para preparar uma bebida com latte art

Mais cafeterias deveriam pesar o leite?

Considerando os vários benefícios que acabamos de listar, mais cafeterias devem começar a pesar o leite?

“Em Melbourne, especificamente, cerca de 80% das bebidas servidas em cafeterias são à base de leite – geralmente os flat whites e lattes”, explica Anthony. 

No entanto, Kirk me diz que pesar leite não é uma prática comum no país. “Apenas cerca de 5% dos cafés australianos pesam leite, mas eu adoraria ver mais deles fazendo isso”, diz. 

Ele enfatiza que pesar o leite para cada bebida preparada muitas vezes não é prático para os baristas, o que pode ser a razão para a baixa aderência.

No entanto, ele acrescenta que os  sistemas automatizados de vaporização e espuma de leite podem ajudar a melhorar o fluxo de trabalho do barista se a pesagem do leite for algo que eles queiram começar a fazer. “Algumas cafeterias, como Axil e ONA, usam sistemas automáticos de espuma de leite como o Übermilk”, diz ele. “Embora possa não ser realista pesar o leite para cada bebida, os sistemas automatizados podem dispensar quantidades padrão predeterminadas.”

Uma prática interessante para cafeterias de segmento premium

Hany Ezzat é gerente de vendas e torrefadora convidada da ONA Coffee. Ele explica que a prática de pesar leite é mais comum em cafeterias especializadas que servem cafés mais exclusivos e sofisticados.

“As cafeterias premium são mais propensas a pesar leite. Nesse caso, os baristas devem ser o mais precisos o possível. Isso proporciona a melhor experiência aos clientes e isso inclui questões como a proporção de café e leite nas bebidas”, diz.

Anthony concorda, dizendo: “Pesar o leite ajuda a garantir a consistência, bem como treinar baristas para entender como diferentes quantidades de microespuma afetam as bebidas à base de leite”.

Xícaras de bebidas a base de café com leite contendo latte art

Considerando o impacto sobre baristas e consumidores

Embora a pesagem de bebidas à base de leite possa retardar significativamente o fluxo de trabalho nos picos de movimento, os baristas poderiam realizar essa prática durante períodos mais tranquilos.

No geral, Hany acredita que pesar leite é vantajoso para os baristas. “É uma coisa positiva. Isso permite que eles entendam mais sobre como preparar e servir bebidas de alta qualidade”, diz.

“Pessoalmente, eu ensino os baristas com quem trabalho que eles devem texturizar o leite com uma consistência para que cada bebida à base de leite tenha entre 0,75cm e 1 cm de microespuma”, acrescenta. 

Ele explica ainda que, em sua experiência, preparar bebidas à base de leite para uma textura e peso mais consistentes significa mostrar todo o espectro dos sabores de cada café.

“Um torrefador pode desenvolver um perfil para que o café, quando extraído como café espresso, possa ser combinado com cerca de 120g de leite. Isso significa que os baristas devem vaporizar o leite com um peso alvo em mente”, ele diz.

“A quantidade de microespuma influencia no peso e também tem um grande impacto na textura da bebida. E se o leite não for texturizado corretamente, isso afeta negativamente a experiência do consumidor” ele conclui.

Barista Anthony Douglas incluiu pesar o leite em sua rotina vencedora do WBC

Veremos essa prática em mais cafeterias e competições no futuro?

Em geral, todos os profissionais de café com quem conversei acreditam que o desempenho vencedor de Anthony na WBC levará mais cafeterias – bem como outros concorrentes da WBC – a pesarem suas bebidas à base de leite.

“Ao longo dos anos, os concorrentes da WBC estão começando a controlar mais e mais variáveis. Eu vejo a consistência no peso do leite se tornando mais comum daqui para frente”, diz Anthony.

“Embora dois tipos diferentes de leite vaporizado possam atingir o mesmo nível em um copo, eles podem ter texturas completamente diferentes”, acrescenta. “Pesar a bebida após ter derramado o leite, no entanto, é um indicador útil a respeito da quantidade de espuma que você criou.”

Ele conta como a pesagem do leite o ajudou a desenvolver a seção sobre leite do curso de sua rotina do WBC de 2022. “Eu treinei muito usando a mesma quantidade de leite e o mesmo fluxo de trabalho. A diferença entre cada bebida que eu pesava era de aproximadamente 0,2g”.

Como aprimorar seu entendimento sobre a importância de pesar o leite

Competições como a WBC avaliam uma variedade de habilidades técnicas de barista, incluindo precisão, exatidão e consistência. E, sendo assim, servir bebidas mais consistentes aos juízes pode levar a pontuações gerais mais altas.

No entanto, apesar dos indícios de que a prática de pesar o leite pode se tornar comum, Angus acredita que pode levar algum tempo para as cafeterias começarem a adotá-la.

“As oficinas de degustação de bebidas à base de leite podem ser uma ferramenta útil”, diz ele. “Muitas cafeterias realizam sessões de degustação de café, mas as bebidas à base de leite podem ter uma gama diferente de experiências sensoriais, tanto para baristas quanto para consumidores.  A fim de ajudar os baristas a entender mais sobre a pesagem de bebidas à base de leite, Angus sugere um exercício de treinamento:

  1. Prepare duas bebidas à base de leite usando a mesma receita de café espresso e vaporize dois jarros de leite com a mesma textura;
  2. despeje cada bebida, mas com uma diferença de peso de 10g. Prove para comparar como diferentes pesos afetam a bebida;
  3. em seguida, prepare bebidas à base de dois leites usando a mesma receita de café espresso, mas vaporize dois jarros de leite para diferentes texturas;
  4. despeje o mesmo peso de leite em cada bebida. Prove para comparar como diferentes texturas afetam a bebida.
Mão com uma colher revolvendo a camada de espuma de bebida a base de café com leite

Embora possa não ser adequado para todos os cafés, há benefícios claros em pesar bebidas à base de leite para baristas, proprietários de cafés e consumidores.

Não só o desperdício pode ser reduzido, mas a qualidade geral das bebidas também pode aumentar – uma consideração importante para os participantes de campeonatos de baristas.

No entanto, se veremos ou não mais cafeterias pesando bebidas à base de leite nos próximos anos, ainda não se sabe. Mas com mais e mais cafeterias implementando soluções automatizadas de espuma de leite em seus negócios, pode se tornar mais fácil para os baristas começarem a padronizar seu leite e manter um bom fluxo de trabalho.

Gostou? Em seguida, leia nosso guia para trabalhar com leites vegetais.

Créditos das fotos: Hany Ezzat, World Coffee Events

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

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Como as cafeterias podem expandir para mercados internacionais? https://perfectdailygrind.com/pt/2023/03/27/expansao-para-mercados-internacionais/ Mon, 27 Mar 2023 10:05:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=12525 Em todo o mundo, há muitos exemplos de cafés e torrefações que se expandiram para mercados internacionais. E enquanto muitos desses negócios são grandes redes, existem várias marcas de café especial que também abriram filiais em outros países.  Internacionalizar uma marca de café obviamente traz vários desafios. No entanto, quando o processo é feito corretamente, […]

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Em todo o mundo, há muitos exemplos de cafés e torrefações que se expandiram para mercados internacionais. E enquanto muitos desses negócios são grandes redes, existem várias marcas de café especial que também abriram filiais em outros países. 

Internacionalizar uma marca de café obviamente traz vários desafios. No entanto, quando o processo é feito corretamente, isso pode ajuda-las a diversificar e entender quão bem-sucedido seu modelo de negócios pode ser num mercado diferente.

Para saber mais, conversei com o fundador da Bonanza Coffee, Kiduk Reus, e o Diretor Administrativo da Coffee Island, Alexandros Zapaniotis. Continue a ler para saber o que eles disseram.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como abrir e gerenciar vários cafés de forma eficaz.

Vista do interior de uma cafeteria que opera em mercados internacionais

Entrando em novos mercados como uma marca de café especial

As empresas de café especial são geralmente diferenciadas das marcas mais “comerciais” por seu foco na qualidade. Isso faz com que sua inserção em novos mercados seja um desafio.

Além disso, pode ser complicado para as marcas de café especial aderir a diferentes padrões de controle de qualidade à medida que abrem mais locais.

Alexandros diz que, em 1999, a Coffee Island operou sua primeira loja em Patras, Grécia. “Naquela época, só vendíamos pacotes de café torrado. No entanto, em 2009, começamos a servir bebidas à base de café espresso”, diz.

Ele conta ainda que a empresa foi renovada em 2013 e depois entrou em seu primeiro mercado internacional em 2016, quando abriu uma cafeteria no Reino Unido. Kiduk, entretanto, me disse que Bonanza Coffee abriu em meados dos anos 2000 em Berlim, Alemanha. “Não éramos só um café comum. Estávamos pesando doses para preparar espresso e filtrados e servindo latte art antes da maioria das cafeterias na Europa”

Um breve panorama histórico do mercado de cafés especiais

Nos anos que se seguiram, o mercado de café especial continuou a crescer em todo o mundo. Se no início dos anos 2000 a cultura do café especial despontava na Escandinávia, no sudeste asiático e em países como Austrália e Nova Zelândia, ela começou a crescer nos EUA e Europa ao longo da década.

Durante os anos 2010, mais e mais cafés especiais começaram a abrir no Reino Unido, na Europa continental e em alguns países produtores como o Brasil antes de proliferarem em todo o mundo. Uma das maiores forças motrizes por trás do crescimento global do café especial é a crescente demanda do consumidor por um café mais sustentável e de maior qualidade.

Agora, mais do que nunca, os consumidores querem saber mais informações sobre seu café — incluindo origem, método de processamento e perfil de torra.

Vista de uma cafeteria no saguão de um aeroporto

Considerando a localização

Como em qualquer cafeteria ou torrefação, o primeiro passo ao expandir para o exterior é escolher um novo local.

A Coffee Island abriu sua primeira localização internacional em Chipre em 2009. Alexandros explica que a empresa escolheu Chipre devido a sua proximidade e semelhanças culturais.

Este, diz ele, foi um primeiro passo fundamental para estabelecer uma presença no exterior; ele acrescenta que agora existem mais de 50 lojas do Coffee Island apenas em Chipre.

Alexandros conta que a empresa atualmente opera cafés e torrefações nos Emirados Árabes Unidos, Romênia, Suíça, Canadá e Egito, com planos de expansão para outros mercados internacionais.

Ele explica que abrir lojas em alguns países pode ajudar as marcas de café a entender como entrar em outros mercados próximos. Por exemplo, ele diz que a abertura de lojas na Suíça deu ao Coffee Island mais visão sobre os vizinhos Itália, França e Alemanha.

“Abrimos uma cafeteria em Londres, Reino Unido, em 2016, para testar a marca em outros mercados”, acrescenta. “Os resultados foram bem-sucedidos e, em 2017, abrimos outra loja em Toronto, Canadá.

“A localização de Toronto nos ajudou a entender um mercado de café diferente e se aproximar de entrar no mercado de café dos EUA”, acrescenta. “Para nós, abrir uma loja em Dubai também foi uma ótima maneira de entender o mercado de café do Oriente Médio e aumentar a conscientização da marca”, finaliza.

Baristas servindo clientes em cafeteria que atua em mercados internacionais

As diferenças regionais

Embora a abertura de uma nova loja num país diferente possa certamente ajudar as torrefações e cafeterias a entender mais sobre esse mercado específico, é essencial que eles realizem pesquisas de mercado com antecedência.

Em primeiro lugar, as empresas de café devem garantir que sua nova localização tenha um nível alto o suficiente de tráfego de pedestres para serem lucrativas.

No entanto, indiscutivelmente um dos maiores desafios são as barreiras linguísticas e legais. Se uma torrefação britânica desejasse abrir uma filial na Alemanha, por exemplo, seria importante contar com o apoio de alguém com experiência no mercado e no idioma alemão para se adequar a questões legais, comerciais e de comunicação no país.

Além disso, uma compreensão geral das diferenças culturais é vital, uma vez que os diferentes mercados podem ter preferências de gosto muito variadas. Embora certos produtos e serviços possam ser bem-sucedidos em uma cidade ou país, eles podem não ser tão populares em outros. Isso pode incluir bebidas específicas, perfis de torra ou até mesmo estilos de atendimento ao cliente.

Notavelmente, a Starbucks viu níveis consideravelmente mais baixos de sucesso no mercado australiano. Em grande parte, isso ocorreu porque a empresa tentou se expandir muito rapidamente em um mercado que geralmente favorece o café especial. Em 2008, a cadeia de café fechou 80% de suas lojas na Austrália, com apenas 23 locais agora operando em todo o país.

O fator preço em determinadas culturas

Por outro lado, o café especial é significativamente menos popular em países como a França e a Itália (especialmente quando comparado a outros países europeus como a Noruega), já que as bebidas tradicionais de café, como café au lait e doses intensas de café espresso com torra escura, são mais apreciadas e consumidas.

Outro ponto importante é a sensibilidade dos preços dos diferentes mercados. Por exemplo a Itália, onde a maioria dos consumidores no país não está disposta a pagar muito acima da taxa de mercado de 1 euro por um espresso. Lá, aumentos de preços nesse setor são realmente regulamentados. Isso se tornou uma questão especial para o torrador de café especial Ditta Artigianale, multado em € 1.000 (USD 1.056) após um cliente reclamar dos preços no início de 2022.

Desafios adicionais para quem deseja desbravar novos mercados

Segundo Alexandros, é importante que as empresas estejam cientes de como certos mercados funcionam. “Isso vale para garantir que forneçam produtos inovadores aos consumidores”, diz.

“Sempre seguimos um processo semelhante ao expandir nossos negócios para podermos melhorar nosso desempenho. No entanto, existem certas práticas que evitaríamos implementar em mercados específicos. Tentamos aplicar as melhores práticas de um mercado para outro”, ele acrescenta.

Mesmo os padrões climáticos regionais são um fator importante para as cafeterias considerarem ao expandir para o exterior. Por exemplo, abrir um novo local no sul da Espanha ou Grécia significa que as temperaturas podem chegar a cerca de 30 °C por meses durante o ano. Nesses casos, oferecer bebidas frias como cold brew, por períodos mais longos durante o ano, pode ser uma oportunidade única para ampliar o faturamento.

Balcão de uma cafeteria

Outros fatores a considerar

Embora haja benefícios óbvios para a abertura de novos locais em outros países, há uma série de fatores que cafés e torrefadores precisam considerar antes de assumir quaisquer compromissos.

Naturalmente, os empresários terão de lidar com a legislação e a burocracia em outros países e isso pode ser consideravelmente desafiador. Sendo assim, um planejamento cuidadoso e uma compreensão completa da legislação local são essenciais.

“Alguém nos contatou para abrir uma unidade da Bonanza em Moscou, mas nunca tivemos nenhuma relação comercial com eles, o que dificultou a situação”, diz Kiduk. 

“Eles tinham uma visão particular do nosso negócio, mas depois de várias reuniões, perceberam que abrir uma franquia seria mais desafiador do que pensavam”, ele acrescenta.

Outro fator a considerar antes de entrar em um novo mercado internacional é o nível de concorrência que o empreendimento terá que enfrentar. 

Por fim, Alexandros e Kiduk dizem que as empresas de café devem ter uma visão clara de suas marcas para poderem manter qualidade, integridade e valores. Ambos também destacam que as empresas devem ser flexíveis, adaptando-se a diferentes diferenças culturais e sociais, se quiserem ter êxito nos mercados internacionais.

Interior de uma cafeteria

E o franchising?

O franchising é uma maneira popular de expandir sua marca na indústria do café. Isso ocorre quando um proprietário de empresa licencia suas operações, produtos e marcas para outra parte em troca de uma taxa de licenciamento. Isso fornece uma base sólida de reconhecimento de marca, teoricamente tornando o marketing muito mais fácil.

Alguns acreditam que os modelos de franquia podem não estar totalmente alinhados com os valores das empresas de café especial, principalmente porque pode ser mais difícil monitorar fatores como controle de qualidade e atendimento ao cliente. Isso ocorre na maioria das vezes porque é um desafio manter a consistência em todos os locais – especialmente se eles estiverem mais longe.

No entanto, existem vários exemplos de cafés especiais e torrefações que franquearam com sucesso, mantendo os padrões de qualidade.

Kiduk diz que foi contatado por um cliente em Seul, Coreia do Sul, que queria abrir uma franquia no país usando a marca e os produtos da Bonanza Coffee. “Há cerca de quatro ou cinco anos, alguém perguntou se poderia usar nossa marca para vender café em uma loja em Seul”.

“Depois que os conheci, concordamos que não haveria taxa de franquia e que eles poderiam vender nosso café torrado. A razão para isso é que a pessoa amava Berlim e queria replicar a cultura da cidade em Seul. Nós vendemos nossos grãos, apesar dos altos custos de envio”, ele acrescenta.

A persistência pode levar ao sucesso

Existem agora várias cafeterias na Coreia do Sul que vendem produtos Bonanza Coffee e que têm tido muito sucesso. “No ano passado, uma pessoa conseguiu encontrar um investidor, então agora está abrindo uma torrefação de 400 metros quadrados. Eles usarão nosso nome e marca, e nós lhes forneceremos todo o seu equipamento de torrefação”, diz Kiduk.

Alexandros me diz que a Coffee Island também tem seu próprio modelo de franquia. A empresa investe em pesquisa e desenvolvimento e treinamento para apoiar potenciais franqueados, incluindo a instalação de treinamento do Coffee Island Coffee Campus. 

Isso é particularmente importante, pois as etapas iniciais de abertura de um local de franquia podem ser desafiadoras, especialmente para os proprietários de franquias. Os custos de arranque e o investimento inicial podem ser dispendiosos, pelo que o apoio é essencial. Por sua vez, geralmente é mais fácil para cafés e torrefadores crescerem mais rapidamente e se tornarem marcas internacionais mais estabelecidas — também ajudado por menos despesas de marketing e atingindo uma gama mais ampla de consumidores.

Vista dos equipamentos da Bonanza Coffee Roasters, que teve êxito em mercados internacionais

Há muito a se considerar ao expandir sua cafeteria ou marca de café torrado para o mercado internacional. E embora muitos tenham feito isso com sucesso, há uma série de desafios.

Crescer internacionalmente pode não ser uma opção viável para algumas empresas de café. Como tal, os proprietários de empresas devem considerar cuidadosamente os riscos e dificuldades associados antes de decidir.

Gostou? Em seguida, experimente nosso artigo sobre como mudar a estratégia do seu negócio após a Covid-19.

Créditos da imagem: Bonanza Coffee Roasters

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

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Uso de software e dados para melhorar o desempenho nas cafeterias https://perfectdailygrind.com/pt/2023/02/22/software-dados-desempenho-nas-cafeterias/ Wed, 22 Feb 2023 11:05:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=12361 A tecnologia nunca foi tão proeminente na indústria do café. Nos últimos anos, o uso crescente de dados ajudou produtores, torrefadores e baristas a não apenas melhorar a qualidade do café, mas também a aprimorar o desempenho nas cafeterias. Ao aproveitar um número crescente de pontos de dados, os baristas e proprietários de cafeterias podem entender […]

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A tecnologia nunca foi tão proeminente na indústria do café. Nos últimos anos, o uso crescente de dados ajudou produtores, torrefadores e baristas a não apenas melhorar a qualidade do café, mas também a aprimorar o desempenho nas cafeterias.

Ao aproveitar um número crescente de pontos de dados, os baristas e proprietários de cafeterias podem entender mais sobre o café que estão usando, o que pode ajudar a melhorar a experiência do cliente.

Conversei com três profissionais de café para saber mais sobre como dados e software podem ser usados para melhorar o desempenho nas cafeterias. Continue a ler para descobrir o que eles disseram.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como a tecnologia mudou na indústria do café nos últimos anos.

mulher atendendo cliente em um caixa com uso de software para promover eficiência na cafeteria

Como os dados são utilizados na indústria do café?

Agora, mais do que nunca, os profissionais de café dependem de dados e tecnologia para ajudá-los em suas funções diárias.

Scott Guglielmino é o Gerente Global de Produtos da La Marzocco. Segundo ele, houve uma revolução silenciosa de dados na indústria do café nos últimos anos. “Da produção à preparo de café, a aplicação dos dados medidos agora está na frente e no centro do setor de café”, diz.

À medida que a indústria do café se desenvolveu, a tecnologia se tornou cada vez mais importante em toda a cadeia de suprimentos – ajudando a aumentar a consistência e a qualidade.

David Yardley é o fundador e CEO da MoonGoat Coffee. Ele me diz por que os dados são tão importantes para os profissionais de café que querem incrementar o desempenho nas cafeterias.

“Os dados nos ajudam a preencher as lacunas sobre o que os humanos são incapazes de observar”, diz ele. “Podemos assistir ao café sendo torrado ou ver a canalização em nossas doses de café espresso. Contamos cada vez mais com dados para fornecer resultados consistentes ao longo do tempo.”

Sam Spillman é o Diretor de Café da Caffe Vita. Ela concorda que a análise de dados pode melhorar a consistência em toda a cadeia de suprimentos. “Os dados ajudam a monitorar a consistência e identificar padrões nas operações, além de destacar certas áreas que podem precisar de mais atenção”, explica.

Isso é verdade em todas as áreas da cadeia de suprimentos, começando com a produção. Hoje, os agricultores podem coletar dados sobre uma ampla gama de variáveis, incluindo nutrição do solo, níveis de precipitação e faixas de temperatura esperadas. 

Como os dados podem influenciar positivamente diversos pontos na cadeia do café

Analisando estes dados, os produtores podem então implementar técnicas agrícolas mais adequadas e eficazes para melhorar a aplicação de fertilizantes e as medidas de controlo de pragas, por exemplo.

Os torrefadores também dependem cada vez mais de dados, através do uso de software como o Cropster Roast, para desenvolver perfis de torrefação. Dados, como curvas de temperatura, fluxo de ar e taxa de aumento, podem ajudá-los a criar o perfil de torrefação ideal para cada café que eles fornecem.

Além disso, o Cropster Roast também pode ajudar os torrefadores a acompanhar seu estoque, para garantir que ele permaneça o mais fresco possível e que eles possam acompanhar a demanda.

Enquanto isso, os baristas podem usar dados para rastrear uma variedade de variáveis de infusão, como dose, rendimento, tempo total de extração e sólidos totais dissolvidos (TDS – uma medida de quanto do café foi dissolvido na água de infusão). “Ao usar dados com mais precisão, a qualidade do café especial só melhorará”, David diz.

Máquina de espresso trabalhando com eficiência na cafeteria

Os dados a extração do seu café

Para baristas, há uma série de variáveis para gerenciar durante a extração. Alguns deles são vazão de água, tempo de extração e pressão de água. No entanto, essas variáveis de extração fornecem aos baristas uma gama de pontos de dados que podem ser úteis para melhorar a qualidade do café e a eficiência nas cafeterias.

Em comparação com produtores e torrefadores, dados e softwares dedicados à profissão de barista têm historicamente recebido menos foco.  Scott explica como a maioria dos softwares comerciais para cafeterias continha mais limitações do que para produtores e torrefadores. “As cafeterias tinham que contar com o conhecimento de seus baristas, além de tentativa e erro.”

Evoluções de desempenho nas cafeterias durante o preparo das bebidas

Nos últimos anos, no entanto, houve desenvolvimentos significativos no preparo das bebidas. Isso deu aos baristas mais controle sobre as variáveis de preparo e permitiu que eles registrassem os dados de extração de maneira mais precisa. 

Um exemplo disso é o Cropster Café, que ajuda os baristas a preparar um café mais consistente e de maior qualidade.

“O Cropster Café democratiza o acesso aos dados, o que permite que cafés grandes e pequenos otimizem e melhorem suas operações”, explica Scott. “Para melhorar a qualidade do café, o primeiro passo é conseguir medir o seu desempenho.”

David acrescenta: “O Cropster Café permite que os baristas regulem o café conforme o perfil de torrefação, rastreiem a consistência de extração de perfis específicos, definam parâmetros de extração. E com isso tenham dados do mundo real sobre a frequência com que você atinge esses parâmetros.”

Em última análise, isso dá aos baristas a capacidade de regular diferentes cafés de diferentes torrefações de várias maneiras. Além de continuar servindo café de ótimo sabor.

Sam concorda, dizendo: “O Cropster Café nos permite definir uma receita que podemos monitorar para avaliar com que frequência estamos saindo dos parâmetros da receita.”

Ao usar um software como este, os baristas podem identificar variáveis específicas que precisam ser alteradas ou ajustadas para melhorar a qualidade geral do café.  Por exemplo, a análise dos dados pode indicar que a dose é muito alta ou que o café precisa ser extraído por um longo período. E com isso permitindo que o barista faça as alterações relevantes em conformidade.

Barista despejando grãos de café no moinho

Preenchendo a lacuna entre o torrador e a cafeteria

Tal como acontece com todas as partes interessadas na cadeia de abastecimento do café, a comunicação é essencial para garantir que o consumidor receba o produto da mais alta qualidade possível. 

Embora possa parecer que a comunicação entre o barista e o consumidor seja uma prioridade, também estamos vendo mais de um foco na relação entre o torrador e o café.

Ao preencher a lacuna entre torradores e cafés, os perfis de torra e receitas de bebidas podem ser mais refinados. E com isso ajudando a representar cada saco de café da melhor forma possível.

Para os baristas, isso pode significar criar e gravar receitas de infusão que podem ser rastreadas até cada lote de torra individual usando o Cropster Café.

“Essas receitas ajudam a orientar os baristas e permitem que eles identifiquem quando estão fora dos parâmetros de preparo. Isso permite que eles se ajustem de acordo”, explica Sam. “Ao saber mais sobre cada extração, você conhece melhor o café e entende como ele responderá a diferentes variáveis.” 

Os torrefadores podem então acessar esses dados nas plataformas de software de extração para entender como seus cafés estão sendo usados nas cafeterias. E assim garantir que esse relacionamento se torne uma rua de mão dupla.

“Estamos trabalhando para utilizar mais aspectos das soluções de software da Cropster para criar um círculo completo de feedback. E além disso para melhorar a manutenção de registros em todas as etapas da cadeia de suprimentos”, acrescenta Sam.

Além de torrefadores e baristas, David acredita que dados e software também conseguirão conectar baristas aos produtores nos próximos anos. “O café sempre se sentiu desconectado, pois é um processo tão longo da semente à xícara”, diz ele. “Dados e tecnologia vão aproximar os baristas dos produtores no futuro.”

Baristas trabalhando com bom desmpenho na cafeteria

Melhorar a eficiência nas cafeterias usando dados

Embora a qualidade e a consistência do café sejam fundamentais para qualquer boa cafeteria, a eficiência e o fluxo de trabalho são indiscutivelmente igualmente importantes.

Sabemos que a estrutura de um café pode afetar como os baristas operam e como os clientes pedem. Embora se possa identificar possíveis gargalos apenas olhando para o bar e o layout do café, no entanto, os proprietários e baristas de cafeterias também podem registrar e analisar dados para fazer mais melhorias.

Por exemplo, o software de gestão de cafés pode destacar áreas na cafeteria onde o tempo de serviço pode estar demorando muito, o que pode ajudar a equipe a reajustar a configuração e a organização para ser mais eficiente.

David conta como o Cropster Café evidenciou como os baristas do MoonGoat Coffee estavam usando algumas cabeças de grupo mais do que outras ao trabalhar na máquina de café espresso. Isso impede o fluxo de trabalho e faz com que a qualidade do café sofra como resultado de temperaturas de infusão mais irregulares.

“Assim que equilibramos o número de doses que tiramos por cabeça de grupo, o café imediatamente ficou melhor”, diz ele. “Mais equilíbrio entre os grupos também significa que seus baristas trabalham mais rápido.”

Além disso, o software de gerenciamento de cafés também pode ajudá-lo a acompanhar as tarefas diárias, semanais e mensais nos cafés. O papel de um barista não é só fazer café. Há uma abundância de tarefas que eles têm que executar diariamente, algumas das quais podem ficar de lado, se não forem devidamente monitoradas.

O software de gerenciamento de tarefas pode garantir que essas tarefas sejam concluídas, bem como verificar perdas – como equipamentos de limpeza e reabastecimento de sacos de café e mercadorias de varejo.

Tecnologia para promover melhorias no desempenho nas cafeterias

O software de gerenciamento de cafeteria de serviço completo, como o Cropster Café, permite que gerentes e proprietários monitorem as tarefas, ajudando a otimizar ainda mais o fluxo de trabalho.

A respeito de como ele pode evoluir no futuro, Sam sugere que um foco na tecnologia além da máquina de café espresso pode ser algo que veremos. 

“Para maximizar o uso de software em cafés, pode ser útil coletar dados não apenas na sua máquina de café espresso, mas em todo o equipamento do café”, acrescenta Sam. Isso pode incluir preparo em lote, máquinas automáticas de derramamento ou sistemas de cold brew.

David, entretanto, acredita que a tecnologia continuará a se concentrar na melhoria da eficiência e qualidade nos cafés. “Não há uma abordagem única para gerenciar uma cafeteria. E informações que você pode analisar a partir de seus dados ajudarão a impulsionar a eficiência, a conectividade e o desempenho geral”, diz ele.

Barista atendendo cliente no balcão da cafeteria

Não há dúvida de que as cafeterias se tornaram cada vez mais dependentes da tecnologia nos últimos anos, e não há sinais de que isso vá desacelerar em breve. À medida que a indústria cresce, é claro que o software servirá apenas para melhorar e otimizar as operações em cafés.

“O monitoramento e o feedback dos dados são o próximo passo lógico para encontrar a melhor solução para o seu café”, conclui Scott. 

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como os produtores de café podem se beneficiar dos dados.

PDG Brasil

Traduzido por Daniela Melfi

Observação: a Cropster é patrocinadora do Perfect Daily Grind.

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Como a diversificação de produtos nas cafeterias pode ajudar na lucratividade? https://perfectdailygrind.com/pt/2022/12/02/diversificacao-de-produtos-nas-cafeterias/ Fri, 02 Dec 2022 11:05:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=11754 Os cafés e torrefações têm um produto principal que é – e sempre será – o foco de seus negócios: o café. Vender bebidas preparadas com ele e pacotes dele em grãos ou moído para as pessoas prepararem em casa ou no trabalho é, naturalmente, uma parte fundamental de seu modelo de negócios. Mas e quanto […]

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Os cafés e torrefações têm um produto principal que é – e sempre será – o foco de seus negócios: o café. Vender bebidas preparadas com ele e pacotes dele em grãos ou moído para as pessoas prepararem em casa ou no trabalho é, naturalmente, uma parte fundamental de seu modelo de negócios. Mas e quanto à diversificação de produtos?

Na indústria de café moderna, muitas cafeterias e torrefações começaram a oferecer produtos diferentes para diversificar sua oferta, fortalecer sua marca e garantir novas fontes de receita. Além de oferecer maior estabilidade para o próprio negócio, diversificar também permite que as empresas comercializem outros produtos que representem os valores e a identidade de suas marcas.

Para saber mais, conversei com José De León Guzmán e Agnese Idà, da Kofra Coffee Roasters. Eles me falaram sobre a diversificação de produtos no setor cafeeiro. Continue a ler para saber o que disseram.

Você também pode gostar do nosso artigo sobre como as torrefações de café podem diversificar os seus ganhos.

mesa de uma cafeteria expondo produtos à venda

O que é diversificação de produtos?

José é o CEO e fundador da Kofra, uma torrefação de cafés especiais com quatro unidades em Norwich, Reino Unido. Ele explica como Kofra começou a diversificar seus produtos.

“No começo, eu realmente não queria vender outra coisa senão café”, diz José. “Nem mesmo salgados. Eu só queria vender embalagens de café e bebidas à base de café. Depois de um tempo, a equipe me disse que estava frustrada por dizer não às pessoas que queriam comprar salgados.”

Embora o foco na obtenção, torrefação ou preparação de café de alta qualidade deva ser a prioridade para qualquer marca de café de sucesso, restringir sua gama de produtos pode deixar o negócio vulnerável. É por isso que muitas marcas de café diversificam.

A diversificação de produtos é um conceito simples. Ao vender novos produtos, você pode implementar novos fluxos de receita e garantir algum nível de estabilidade futura se tiver problemas com seu produto principal. Para cafés e torrefações, produtos de panificação, equipamentos para preparo de café e mercadorias são opções comuns.

Agnese é a compradora de vinho e Diretora de Suprimento de Produtos de Luxo da Kofra. Ela observa que a diversificação de produtos não é apenas vender mais para aumentar a receita, mas também alinhar novos produtos à sua marca estabelecida.

“Passamos muito tempo procurando não apenas produtos interessantes, mas produtos que façam sentido para nós”, diz ela. “Queremos complementar nosso ethos com produtos de qualidade e produtos feitos por pessoas com quem amamos trabalhar.”

Estante de uma cafeteria, repleta de produtos à venda

Os benefícios da diversificação

O benefício imediato e óbvio para qualquer estratégia de diversificação bem-sucedida é algum tipo de aumento nas vendas e na receita. No entanto, com o tempo, existem vários outros que se apresentam no médio e longo prazo.

“Ao criar novas linhas de produtos, você adiciona diversidade”, diz Agnese. “Em vez de ser apenas um café, você pode se tornar um balcão único para produtos finos e um paraíso para os amantes da gastronomia, por exemplo.

“Por meio da diversificação de produtos, nos tornamos o lugar certo para produtos cuidadosamente selecionados e de alta qualidade que você não consegue na mercearia local.”

Ao oferecer novos produtos que se alinham com a identidade de sua marca, você pode esclarecer e aprimorar os interesses de sua empresa e, posteriormente, comunicar isso aos clientes. Você também pode demonstrar capacidade de acompanhar as mudanças nos gostos e demandas dos consumidores.

“Em alguns casos, pode ser sobre encontrar coisas que de outra forma não se encontraria em outras lojas”, diz José. “Agora, as pessoas que vêm às lojas Kofra têm a sensação de que fazer compras conosco é uma ocasião especial.”

A diversificação também pode ter um impacto mais amplo na comunidade. A parceria com outras empresas locais – como padarias, fazendeiros ou até mesmo artistas – pode impulsionar a economia local e comunicar que você tem uma paixão por aquilo.

“A terceirização local é definitivamente desejável”, explica Agnese. “É por isso que compramos muitos de nossos produtos perto de nossas lojas. Oferecemos carne bovina que envelhecemos na loja e leite de fazendas locais, por exemplo.

“No entanto, acreditamos firmemente que ser local não significa ser melhor. A qualidade é um fator importante, e também procuramos trabalhar com empresas que estão tomando decisões mais sustentáveis e ecologicamente corretas.”

Corte de carne "dry aged" dentro de um expositor

Diversificando com vinhos

Portanto, agora vemos por que as marcas de café se diversificam em diferentes categorias de produtos. Mas como você deve fazer isso? E quais produtos você deve escolher?

Em primeiro lugar, embora o café deva permanecer naturalmente o foco principal de qualquer café ou torrefação, a ramificação para outras categorias de alimentos e bebidas pode ser um processo natural ou orgânico.

Um ótimo exemplo é o vinho. Há anos que se traçam paralelos entre os setores do café e do vinho, conceitos como terroir, paladar e processamento experimental são comuns entre os dois.

“Na Kofra, os nossos vinhos são todos orgânicos, biodinâmicos e de baixa intervenção”, conta-me Agnese. “Isso significa que há a menor interferência possível no produto e no processo: mostrando a verdadeira expressão da uva e do terroir.”

Vinhos naturais (ou de baixa intervenção) usam pouco ou nenhum aditivo (como sulfitos, açúcares e ácidos) no processo de vinificação. A falta de estabilizantes geralmente cria sabores mais complexos e de frutas – semelhantes aos que você obterá em cafés de processamento natural ou experimentais.

“Depois de encontrar semelhanças entre nossos vinhos e cafés, esse trabalho se tornou uma paixão”, Agnese me diz. “Agora esse é um meio de expressão para a equipe e a empresa como um todo”.

“Começamos com apenas um punhado de garrafas e agora temos mais de 100 rótulos de todo o mundo, desde um clássico Chianti muito amado a alguns blends bem descolados”, ela afirma. “O mesmo vale para a nossa seleção de cervejas artesanais. Com a indústria crescendo tão rapidamente, definitivamente há mais demanda por cervejas excelentes.”

Diversificando com cervejas

José diz que esse é mais um passo natural, e que muitos consumidores com afinidade por cafés especiais também apreciam as cervejas artesanais. Para ele, isso ocorre provavelmente porque muitas vezes há o que ele chama de “ethos de pequenos lotes” por trás de ambos os produtos.

“Se você gosta de um bom café, existe uma grande chance de que também goste de uma boa cerveja”, diz ele. “Foi uma progressão natural para nós. Logo, nossa cerveja começou a vender muito bem e percebemos que havia uma grande sinergia entre cerveja e café ”.

Uma pesquisa do Business Insider mostra que as vendas de cerveja artesanal aumentaram 15% de 2012 a 2013 e as vendas da IPA (India Pale Ale) sozinhas cresceram 40%. Além disso, o mercado global de cerveja artesanal deve atingir USD 200 milhões até 2026.

“A Kofra trabalha com no máximo duas, três, quatro cervejarias, para manter os preços justos e tornar os produtos mais acessíveis”, diz José. “Há alguns anos, muitas cervejarias usavam o espresso como base para a stout, então criamos a nossa própria receita nesse estilo. “Ganhamos a medalha de ouro na categoria de melhor sabor na competição nacional do Reino Unido”, acrescenta.

Diversificando com alimentos

Bolos, doces e outros produtos assados são comuns na maioria dos cafés, pois combinam bem com o café. Porém, José explica que na Kofra os produtos alimentícios são um pouco diferentes; em particular, ele destaca a carne de vaca “dry-aged” (maturada a seco).

“É um produto premium porque é disso que se trata a especialidade”, explica ele. “É sobre rastreabilidade. No nosso caso, compramos carnes de criadores locais que cuidam dos animais bem tratados e alimentados exclusivamente com pastagens, sem uso de rações”

Prateleira expondo garrafas de vinho

Diversificando com equipamentos

Esta é outra área em que cafés e torrefações podem se diversificar. Estocar e vender equipamentos – moedores domésticos, balanças, chaleiras e coadores, por exemplo – tornou-se consideravelmente mais popular como uma nova categoria de produtos durante a pandemia de Covid-19.

As vendas de equipamentos para café cresceram 11% nos EUA, o que demonstra, acima de tudo, que o interesse do consumidor em fazer café de qualidade em casa é crescente.

No entanto, José alerta para não focar muito na venda de equipamentos. Ele observa que quase sempre há varejistas maiores que podem oferecer preços melhores.

“Não vendemos equipamentos para café porque não podemos competir com a Amazon”, explica ele. “O que podemos fazer é vender produtos relacionados à nossa marca.”

Diversificando com promoção da própria marca em mercadorias diversas

Outra opção são as mercadorias, que são uma forma de diversificar a sua gama de produtos e, ao mesmo tempo, divulgar a sua marca. Você pode adicionar seu logo ou slogan a canecas, bonés, camisetas ou jaquetas, por exemplo.

No entanto, José destaca que a qualidade deve estar sempre na vanguarda de todos os produtos, incluindo as mercadorias.

“A mercadoria deve ser algo que você ganha”, diz ele. “Não se pode apenas colar um logo em algumas camisetas e sair vendendo. As pessoas precisam ter esse apego, mas você precisa dar a elas a qualidade que promete e se relaciona com a sua marca.

“Por exemplo, a história por trás de nossas camisetas é simples. Encontramos as melhores impressoras em Norwich e pedimos as melhores camisetas que tinham para fazer um teste. Guardei a minha por seis meses e usei para ter certeza de que era de alta qualidade!”

Por fim, ele também observa que a Kofra fez parceria com um artista local para criar gravuras de cada um de seus quatro cafés. Tudo isso, diz ele, está disponível online.

“As gravuras são de uma artista que frequenta a Kofra todas as tardes, então ela fez uma arte para o Natal que enviamos aos nossos clientes regulares para dizer obrigado. E assim começou,” diz José.

braço de uma pessoa enquanto pega uma lata de cerveja de uma geladeira expositora

Como os proprietários do café podem ter sucesso com a diversificação de produtos?

Para que a diversificação de produtos seja um exercício lucrativo, você naturalmente precisa começar pela comercialização desses novos itens. Segundo Agnese, usar as mídias sociais para anunciá-los tem sido útil para a Kofra.

“A mídia social assumiu o controle da publicidade”, diz ela. “Agora é a nossa escolha quando informamos nossos clientes sobre novas linhas e produtos.

“Isso nos permite postar de forma rápida e fácil assim que um produto chega, e nos ajuda a nos conectarmos com nossas comunidades. Em troca, eles se sentem próximos de nós e ao conteúdo que compartilhamos.”

Anúncios de produtos por meio de mídia social ou boletins informativos por e-mail são especialmente úteis para alcançar uma ampla base de clientes rapidamente. Esse pode ser o caso se você vê uma série de pedidos para determinados novos produtos.

Além disso, a parceria com outras empresas locais com valores alinhados aos seus pode lhe dar ótimas ideias e trazer inspiração. “visitar outros lugares não para copiar, mas para aprender e ver onde as tendências estão indo é o que nos inspira,” diz José.

Agnese acrescenta: “Nós viajamos, comemos e buscamos pessoas que estão deixando uma marca de qualidade e sustentabilidade em sua área, assim como nós”.

caneca de café amarela apoiada sobre uma pilha de livros

Diversificar sim, mas sem perder o foco

Segundo José, “Você tem que ter orgulho de seus produtos e mostrar isso aos seus clientes, criar sinergia.” Ele ainda acrescenta: “Quando contratei a nossa primeira padeira, seus bolos realmente complementaram o nosso café. Os sabores representam a Kofra e tenho orgulho de vendê-los.”

No entanto, José conclui lembrando que o foco do seu negócio deve estar sempre claro. “Em última análise, não se esqueça de que, antes de mais nada, você é uma cafeteria”, diz ele.

Adicionar mais produtos é uma perspectiva empolgante, mas também é um processo repleto de desafios. Manter sua marca na frente e no centro e garantir que a qualidade permeie todos os produtos que você vende será a chave para qualquer sucesso na diversificação.

“Continuamos pesquisando para apresentar produtos de alta qualidade e de marca”, finaliza José. “Esse é o futuro da cafeteria: oferecer à comunidade um balcão único de alta qualidade.

Gostou? Então leia nosso artigo sobre como servir comida em  cafeterias especializadas.

Créditos das fotos: Kofra Coffee Roasters

Tradução: Daniela Andrade.

PDG Brasil

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Como o marketing digital na indústria do café evoluiu? https://perfectdailygrind.com/pt/2022/11/30/marketing-digital-na-industria-do-cafe/ Wed, 30 Nov 2022 11:06:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=11802 O marketing tem sido a chave para o crescimento da indústria do café ao longo dos anos. Das primeiras cafeterias do Oriente Médio nos anos 1500 a cafés especializados em todo o mundo nos dias de hoje, ele tem sido parte integrante da jornada e do crescimento do café. No atual mundo focado na tecnologia, o marketing […]

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O marketing tem sido a chave para o crescimento da indústria do café ao longo dos anos. Das primeiras cafeterias do Oriente Médio nos anos 1500 a cafés especializados em todo o mundo nos dias de hoje, ele tem sido parte integrante da jornada e do crescimento do café.

No atual mundo focado na tecnologia, o marketing digital é essencial para qualquer negócio de café bem-sucedido. Em 2017, um estudo descobriu que a maioria dos americanos verificava seus dispositivos móveis pelo menos a cada 12 minutos. Isso mostra que o digital é uma grande oportunidade para as marcas – desde que possam aproveitá-la de maneira eficaz.

No entanto, só porque o marketing digital é abrangente, não significa que seja fácil. Existem maneiras específicas pelas quais as empresas devem operar para otimizar sua presença digital. Para saber mais sobre a relevância e a evolução do marketing digital na indústria do café, conversei com três profissionais da área que atuam no setor cafeeiro. 

Você também pode gostar de nosso artigo sobre a história do marketing no setor cafeeiro.

Antigo anúncio de cafeteira, com ilustração à esquerda e texto em inglês.

Uma rápida história de marketing pré-digital

Para entender a importância do marketing digital moderno, é importante primeiro olhar para o seu início.

As formas iniciais de marketing eram anúncios impressos, como os panfletos que eram comuns nos anos 1700. Nessa época, o café era considerado um produto de “luxo”. 

Em vez de serem usados para a marca, os folhetos informavam os bebedores de café sobre como torrar e preparar os grãos. No entanto, o marketing mudou no final de 1800 quando começaram a ser abertas torrefações em toda a Europa.

Naquele momento, a demanda do consumidor mudou e as pessoas passaram a desejar comprar o café já torrado. A conveniência ganhava cada vez mais importância e assim segue até hoje, sendo protagonista no marketing digital voltado para o café.

A marca começou a se tornar parte integrante do marketing no início do século XX. Exemplo disso foi o gasto de US$ 4 milhões em ações dessa natureza feito pela Maxwell House em 1924.Essas campanhas fizeram com que as vendas aumentassem 85% em apenas alguns anos.

A partir da década de 1950 as marcas de café passaram a usar a televisão para promover o café a um público mais amplo. Por exemplo, em 1983, a marca de cerveja caseira Mr. Coffee incluiu o famoso jogador de beisebol dos EUA Joe DiMaggio em sua campanha de marketing.

A conveniência do eletrodoméstico era o foco central da marca, mas isso era balanceado com a aparência de uma figura pública conhecida. Isso não é diferente de usar celebridades ou mesmo influenciadores do café no marketing digital moderno.

Outras Empresas seguiram esses passos, como a Nespresso ao usar George Clooney em seus anúncios de TV a partir de 2006. Ele ajudou a personificar a marca com um toque luxuoso e divertido. Mais recentemente, Brad Pitt juntou-se à fabricante de máquinas de café espresso automáticas De’Longhi como embaixador da marca.

No entanto, embora a conveniência, a personificação e a marca sofisticada ainda sejam importantes para as empresas de café que comercializam produtos, as coisas certamente mudaram.

close-up na mão de uma pessoa manuseando um smartphone, com um laptop ao fundo

O que é marketing digital?

O marketing digital é um guarda-chuva amplo e cobre uma série de canais diferentes. Talvez os mais proeminentes sejam mídias sociais, redação de conteúdo e otimização de mecanismos de pesquisa (SEO).

Isso se deve à enorme escala do público digital: até o momento, o Facebook tem mais de 2,7 bilhões de usuários ativos, enquanto mais de 50.000 buscas são feitas no Google a cada segundo.

Jennifer Yeatts, diretora de café da Higher Grounds Trading Co. – uma torrefadora certificada pela B-Corp em Michigan, afirma: “Todo mundo está na internet agora. Se você deseja se conectar com consumidores com amplo alcance, sua empresa precisa estar disponível digitalmente.”

Ela ainda acrescenta:  “Na indústria do café, as empresas que querem crescer aprenderam a acompanhar essa tendência e otimizar suas estratégias de marketing para um mundo cada vez mais virtual”.

Por exemplo, a Starbucks lançou suas plataformas de mídia social em 2008. Primeiro se concentrou em fazer publicações que fossem “extensões” de suas lojas físicas. O imaginário da marca era caloroso e convidativo, usando paletas de cores específicas, mas sempre manteve seu logo como foco de cada post.

No entanto, a Starbucks se adaptou mais uma vez em 2011 com o lançamento de um aplicativo próprio. Sete anos depois, em 2018, foi relatado que ele possuia cerca de 14,2 milhões de usuários ativos apenas nos Estados Unidos.

E embora o aplicativo fosse inicialmente apenas uma forma de unir a presença física e digital da Starbucks, desde então se tornou um canal de vendas importante, gerando cerca de 23% da receita da marca no mesmo ano.

Dito isso, as marcas que buscam lançar ou dimensionar uma estratégia de marketing digital na indústria do café podem ter uma preocupação principal: a concorrência.

“Embora a Internet tenha aberto muitas oportunidades para as marcas terem voz, isso também significa que o mercado ficou saturado. Com tanto ruído ao redor, como você pode saber o que é genuíno e o que não é? ” é o que diz Mark Zhou, CEO da MTPak Coffee, uma empresa de embalagens sustentáveis com foco no mercado de cafés especiais.

Pacotes de café da torrefação Higher Grounds sobre uma prateleira

A importância da autenticidade

Embora o marketing digital na indústria do café tenha muitos lados, um dos aspectos mais importantes é apresentar a história e a voz de uma empresa. As pessoas devem entender o que uma marca de café representa poucos segundos depois de visitar seu canal de mídia social ou página da web.

“Todos nós estamos tentando tornar a imagem de nossa marca sinônimo da versão de melhor qualidade do produto que vendemos. Quando alguém vê o nosso logo, queremos que pensem num café excepcional, de um mundo de bons amigos”. É o que diz Jennifer, da Higher Grounds.

“É um equilíbrio complicado entre querer contar nossa história completa e autêntica e precisar de um símbolo reconhecível para fazer esse trabalho por nós,” ela acrescenta.

De acordo com o Journal of Consumer Psychology, a autenticidade da marca é definida por quatro categorias: continuidade, credibilidade, integridade e simbolismo.

Entre outras coisas, isso significa que as pessoas desejam ver as marcas demonstrando de forma consistente e honesta seu compromisso com práticas sociais, ambientais e éticas – especialmente no setor cafeeiro, onde esse é um grande obstáculo.

Esses compromissos às vezes são demonstrados por meio de uma prática conhecida como Storytelling. Nele, as marcas contam histórias que transmitem e destacam seus valores ao mesmo tempo que se mantêm envolventes.

Frequentemente, eles assumem a forma de posts de blog ou artigos no site de uma marca ou em canais de mídia social. 

O Storytelling como ferramenta essencial

Julio Guevera, COO da PDG Media, afirma: “Contar histórias é importante, e negócios com propósito são percebidos de uma certa forma. Isso os ajuda a fazer conexões reais, melhorando o envolvimento e a lealdade do público.”

Na indústria do café, o storytelling vem se tornando cada vez mais importante, ainda mais considerando recordes demográficos específicos como o geracional. Nesse caso, podemos citar como exemplo os millenials e a geração Z. Juntas, essas gerações têm um poder de compra combinado de US$ 350 bilhões e estão mais propensos a consumir cafés gourmet do que as anteriores.

Uma parte importante disso é reconhecer a crescente demanda por sustentabilidade entre esses grupos demográficos. Segundo uma pesquisa recente da Universidade de Hiroshima, pessoas com idade entre 18 e 30 anos têm uma tendência a valorizar e pagar mais por café e outros produtos sustentáveis.

A MTPak produz sacos de café biodegradáveis, compostáveis e recicláveis. Mark conta como a narrativa autêntica da marca ajudou a empresa a crescer. ”Nos primeiros anos, as pessoas ainda não tinham ouvido falar de nós. Com o tempo e um ótimo marketing digital, conseguimos conquistar essa confiança e construir uma base de clientes leais”.

Ele acrescenta: “Se você quer que seu marketing digital seja eficaz, você precisa atrair os consumidores e mostrar a eles que você é autêntico senão eles ficarão desconfiados e podem evitar comprar seus produtos ou usar seus serviços”

Laptop e smartphone sobre uma bancada de trabalho

Desenvolvendo conteúdo informativo e acessível

Julio, da PDG Media, destaca que o marketing digital na indústria do café e fora dela moldou a maneira como as empresas e os consumidores se relacionam.

Segundo ele, “O antigo marketing era unilateral, como se fosse o negócio gritando o que eles fazem ou representam. Já na era digital, com o storytelling, há uma oportunidade para as discussões envolverem o público e a marca, além de outros elementos.”

Resumindo: envolver e responder ao seu público é mais importante agora do que nunca. Por exemplo, a prática simples de responder aos comentários do usuário mostra um interesse nas opiniões e feedback do consumidor.

Da mesma forma, incorporar conteúdo gerado pelo usuário, como postagens ou avaliações no Instagram, pode ajudar a construir confiança. Pesquisas do Nielsen Consumer Trust Index confirmam isso, mostrando que 92% dos consumidores estão mais inclinados a confiar em conteúdo orgânico gerado pelo usuário do que em outras formas de branding.

No entanto, ser informativo é tão vital quanto ser acessível e envolvente. Um bom conteúdo deve ser otimizado para mecanismos de pesquisa para garantir uma boa classificação nas pesquisas na web e também deve mostrar o conhecimento e a experiência da marca.

“Em todos os setores, existe uma voz de liderança a quem todos recorrem para obter informações, dicas e orientações. Mas essas marcas não chegaram a esse ponto por acaso”, é o que diz Mark, da MTPack.

“Eles são a voz principal porque, ao longo de muitos meses ou anos, publicaram artigos consistentemente bem escritos e bem pesquisados aos quais as pessoas podem recorrer”, ele acrescenta.

As empresas de café com presença digital precisam vender produtos e serviços aos clientes, mas também devem se certificar de que compartilham informações valiosas ao mesmo tempo. Por exemplo, posts em blogs, vídeos de instruções e conteúdo patrocinado podem estabelecer credibilidade enquanto continuam a promover uma marca.

“Quer estejamos publicando guias de preparo, padrões da indústria, histórias de origem ou filosofias de torrefação, queremos que os leitores tenham acesso aberto e saibam que podem confiar em nossa voz sobre o assunto”, explica Jennifer.

No entanto, ela observa que há um equilíbrio entre experiência e acessibilidade. “Não se trata apenas de ser um especialista; há muitos especialistas por aí. Queremos compartilhar o que sabemos de forma aberta e gratuita, não como guardiões ou usar nossa experiência como um símbolo de status.”

telas de um aplicativo

O futuro do marketing digital na indústria do café é o mobile

O mundo online ainda é indiscutivelmente jovem, assim como o setor de marketing digital. Isso significa que certamente está sujeito a alterações para marcas de café e além.

“O marketing mobile agora é algo que as marcas não podem ignorar”, explica Julio. “É claro que as empresas de café precisam continuar prestando mais atenção ao Google e à sua classificação, mas não apenas para pesquisas de texto – talvez eles também precisem considerar o reconhecimento de voz, por exemplo.

 “Ter conteúdo também será uma grande vantagem. Isso é especialmente importante com canais como vídeo, que se tornou muito proeminente nos últimos anos. ”

Desde 2012, o número de vídeos vistos em celulares aumentou 17 vezes. Espera-se que o tráfego global da Internet apenas com vídeo seja responsável por 82% de todo o tráfego do consumidor – indicando uma preferência significativa do consumidor por conteúdo visual atraente e envolvente.

“O marketing de conteúdo terá que prestar atenção à experiência do usuário na próxima década”, acrescenta Mark. “Isso significa que os usuários estão lendo um artigo de blog, navegando por feeds de mídia social, ouvindo podcasts, recebendo newsletters semanais e muito mais.”

Além disso, analisar a popularidade de determinados canais pode ajudar uma empresa a entender quais plataformas são mais relevantes ou úteis para ela.

Tendências para o marketing digital na indústria do café

“Algumas plataformas como o Facebook, por exemplo, estão se tornando mais uma ferramenta de publicidade paga do que um lugar onde você tem alcance orgânico”, diz Julio. “Por outro lado, plataformas mais novas como o TikTok são melhores para um crescimento orgânico rápido.”

A plataforma de mídia social de compartilhamento de vídeo TikTok acumulou mais de 6,89 milhões de usuários somente em junho de 2020, tornando-se o aplicativo de mídia social de crescimento mais rápido no mundo. Uma presença lá pode ser cada vez mais útil para marcas de café – especialmente para consumidores mais jovens.

No entanto, Julio observa que os consumidores continuarão a valorizar a autenticidade. “Nos próximos cinco a dez anos, as pessoas ainda vão querer informações precisas e significativas”, diz ele. “Mais importante, eles querem separar quais informações são valiosas para eles, para que tenham isso ao seu alcance.”

Pacote de café da torrefação Higher Grounds em primeiro plano, tendo uma mão segurando uma caneca de café ao fundo

As coisas podem mudar rapidamente no marketing digital. Manter-se atualizado com as novas tendências, interagir com seu público e mostrar a autenticidade da marca são essenciais para o sucesso.

Além disso, trabalhar com agências de marketing digital como a PDG Media pode ajudar uma empresa a identificar suas necessidades exclusivas e dimensionar o crescimento com eficácia. Com o tempo, isso pode ajudar as marcas a ficar à frente de seus concorrentes e ter sucesso contínuo.

Procurando por uma agência de marketing digital que realmente conheça café? Confira o site da PDG Media aqui.

Créditos das fotos: Higher Grounds Trading Co.

PDG Brasil

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Maximizando a consistência e a qualidade da água na cafeteria https://perfectdailygrind.com/pt/2022/11/25/qualidade-da-agua-na-cafeteria/ Fri, 25 Nov 2022 11:06:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=11778 Cafeterias ao redor de todo o mundo tem uma missão prioritária bastante simples: servir um café delicioso aos clientes para garantir que eles voltem sempre. Muito embora o uso de grãos de alta qualidade seja uma parte vital disso, há outro fator muitas vezes negligenciado: a água usada no preparo. Ela representa cerca de 98% de cada xícara de […]

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Cafeterias ao redor de todo o mundo tem uma missão prioritária bastante simples: servir um café delicioso aos clientes para garantir que eles voltem sempre. Muito embora o uso de grãos de alta qualidade seja uma parte vital disso, há outro fator muitas vezes negligenciado: a água usada no preparo.

Ela representa cerca de 98% de cada xícara de café e desempenha um papel fundamental na extração de compostos aromáticos solúveis, ajudando a conseguir um perfil de xícara equilibrado ao mesmo tempo em que pode colocar tudo a perder, a depender de sua qualidade.

Então, como os donos de cafés podem garantir que têm a melhor qualidade de água na cafeteria? Conversei com quatro profissionais para saber mais.

Interessado nos Campeonatos Mundiais de Baristas? Saiba mais sobre como a Pentair os apoia aqui.

Close de uma bica de torneira com uma gota d'água caindo sobre um copo quase cheio.

A qualidade da água na cafeteria: O que é a dureza da água?

A água da torneira contém uma quantidade significativa de minerais e compostos que varia muito dependendo do local. Esses compostos podem vir do solo, das instalações de tratamento ou dos sistemas de abastecimento das cidades e certamente afetam a qualidade da água na cafeteria.

O termo “dureza” é normalmente usado para descrever a quantidade de minerais que a água contém, mas existem dois tipos de dureza.

 “Dureza total é a quantidade de minerais de incrustação (cálcio e magnésio) presentes na água.” É o que diz Ronny Billemon, gerente de vendas da Pentair para a região dos países baixos.

Existe ainda a dureza dos carbonatos, também conhecida como “dureza temporária”, que segundo Ronny,  é a medida da quantidade de carbonatos ou bicarbonatos presentes na água.

Quando a água ferve, os minerais carbônicos migram para fora e se acumulam nas superfícies (como chaleiras ou caldeiras). Isso significa que a água perde minerais. É também por isso que a sua chaleira deve ser descalcificada.

No entanto, queremos alguns carbonatos em nossa água. Eles atuam como reguladores de acidez para o café, controlando o equilíbrio do pH da água. A faixa de pH ideal para preparar café é entre 6 e 8.

Segundo Nigel Pask, gerente de contas na Pentair, os níveis ideais de dureza da água podem variar. “Isso vai depender se você é um barista procurando o máximo de qualidade no café servido ou se o que se busca é minimizar os problemas causados pela dureza da água nos equipamentos,” diz ele.

Para o preparo de café, a SCA recomenda o uso de água limpa, fresca e sem odores com uma dureza total de 50 e 175 partes por milhão (ppm – uma medida de miligramas por litro). A dureza do carbonato deve estar entre 40 e 75 ppm.

Barista preparando café numa aeropresss, com uma chaleira bico-de-ganso.

Por que a dureza da água varia?

Os níveis de dureza da água variam em todo o mundo – mesmo dentro de cada país. Por exemplo, na Austrália, os níveis médios de dureza estão em torno de 100 ppm em cidades do sul como Melbourne. No entanto, mais a oeste, em Perth, a média é de mais de 500 ppm.

Nigel diz: “A qualidade e a dureza da água dependem da topografia e geologia da área ao redor da fonte de água, que tanto pode ser de origem mineral quanto extraída de mananciais como rios e lagos”.

É isso que propicia as diferenças na dureza da água. “Normalmente, a água subterrânea é mais dura do que a água superficial, já que o contato com os minerais presentes nas rochas dita o nível e o tipo de dureza encontrado na água”, ele afirma.

Nigel ainda acrescenta que no caso da água de superfície há uma tendência a se encontrar ainda sedimentos e materiais orgânicos, que podem afetar seu sabor e sua cor.

Os sistemas de tratamento de água variam em todo o mundo e adicionam compostos à água, como explica Nigel.

“Os efeitos adicionais sobre a qualidade são frequentemente produzidos pelo homem”, diz ele. “Por exemplo o cloro e cloraminas que são usados para desinfecção, além dos vários contaminantes vindos da agricultura e indústria, entre outros fatores.”

Embora ele observe que muitos desses elementos não sejam danosos para o funcionamento de uma cafeteria, há alguns compostos que podem ser bastante prejudiciais. “Os cloretos de ferro, que são normalmente encontrados nas áreas litorâneas, podem ter um impacto severo nos equipamentos”, diz ele.

Equipamento de filtragem de água numa parede, ao lado de prateleiras com bebidas e equipamentos de moagem de cafés.

Como a dureza impacta na qualidade da água na cafeteria?

“Purificar” a água para a preparação do café não é tão simples quanto remover esses minerais e compostos. Em última análise, deve-se equilibrar a dureza da água para garantir a melhor experiência possível ao preparar o café.

“Sabemos que níveis mais elevados de cálcio e magnésio melhoram a qualidade da extração”, diz Nigel. “No entanto, níveis mais elevados de carbonatos bloqueiam os elementos, aromas e sabores mais finos liberados do café.”

Se sua água for baixa em dureza total e dureza carbônica, seu café terá uma extração insuficiente, com gosto azedo e fraco. Alta dureza total, mas baixa dureza de carbonato criarão sabores pesados e opacos na xícara.

Em contraste, a água com baixos níveis de dureza total e altos níveis de dureza carbônica vai trazer um sabor farináceo e plano, sem complexidade. Se a dureza total também aumentar para níveis altos, o café será facilmente extraído em excesso.

Como sistemas de purificação podem ajudar

Gerben Hettinga,proprietário da KoffieDok (Holanda), importa e revende equipamentos de filtragem de café e água, incluindo os sistemas RO Everpure da Pentair .

“Existem vários motivos pelos quais alguém escolheria um sistema de filtragem para seu equipamento de café”, diz Gerben. “Em um mundo perfeito, isso dependeria apenas da qualidade da água da torneira e da composição mineral desejada.”

No entanto, não é apenas na qualidade da água que os proprietários de cafés devem se concentrar. Os sistemas de filtração podem ajudar a proteger equipamentos que consomem muita água, como máquinas de café espresso e demais cafeteiras de preparo em grandes volumes.

“Se a conclusão for que a água da torneira prejudicará seu café ou equipamento, será um investimento em seu produto, e não uma despesa”, diz Gerben. Quando se trata de escolher o melhor sistema de filtragem para uma cafeteria, a decisão dependerá muito da qualidade da água local.

“Com a ampla gama de soluções de filtração Pentair Everpure, os proprietários de cafeterias podem alcançar o equilíbrio ideal entre a qualidade da água para extração do café e a proteção do equipamento”, acrescenta Ronny.

fluxo de água saindo da torneira e fazendo transbordar um copo cheio

Melhorando a qualidade da água

Existem vários métodos de filtragem que as cafeterias podem usar para melhorar a qualidade da água.

A filtragem de carvão ativado pode remover alguns dos compostos da água, mas tem pouco ou nenhum efeito no conteúdo mineral, enquanto pode-se usar trocadores de íons para adicionar ou remover minerais da água de acordo com a necessidade.

No entanto, a longo prazo, a maneira mais eficiente de equilibrar os níveis de dureza na água é investir em um sistema de filtragem de alta qualidade. Segundo Nigel, soluções como o sistema de filtro Pentair Everpure BH² reduzirão os níveis de cloro e as partículas de até 0,2 µm, além de garantir que a água esteja livre de sabores e cores estranhos.

“Onde a dureza é o principal problema, a linha Pentair Everpure Claris Ultra não só reduz os níveis de dureza, mas também oferece níveis de pH estáveis, além de oferecer alguma proteção contra corrosão potencial.”

Nigel também me disse que quando o mineral ou a dureza ou os níveis são particularmente altos, ou quando há contaminantes presentes que os sistemas de filtração baseados em cartuchos regulares não conseguem lidar, a Pentair oferece sistemas de osmose reversa.

A osmose reversa é um método de filtração de água que usa uma membrana semipermeável que permite a passagem da água através de alta pressão, removendo os minerais para atingir os níveis de dureza exigidos.

Boa parte dos baristas e proprietários de cafeterias consideram a osmose reversa como método de filtragem mais eficaz para atingir níveis ideais de dureza da água.

Café sendo preparado numa cehemex

Não importa a qualidade do seu café, certificar-se de que a água está dentro das faixas de dureza ideais é extremamente importante ao preparar café de alta qualidade.

Para começar, os donos de cafeterias podem avaliar a dureza e a qualidade da água em sua área. Isso lhe dará uma melhor compreensão dos sistemas e soluções mais adequados para o seu negócio de café.

Gostou? Em seguida, leia nosso artigo sobre como testar a água em busca de um café excelente.

Créditos das fotos: Ronny Billemon, Pixabay

Perfect Daily Grind

Tradução: Daniela Andrade.

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O que vem depois: como se desenvolver na carreira de barista? https://perfectdailygrind.com/pt/2022/11/18/como-se-desenvolver-na-carreira-de-barista/ Fri, 18 Nov 2022 11:02:00 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=11691 Ser um barista pode ser fascinante e gratificante, ao mesmo tempo em que pode ser um desafio pouco recompensador do ponto de vista financeiro. Muitos baristas veem o trabalho como uma carreira de curto prazo, porque é difícil sustentar o estilo de vida que se deseja com os salários pagos e, muitas vezes, há falta […]

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Ser um barista pode ser fascinante e gratificante, ao mesmo tempo em que pode ser um desafio pouco recompensador do ponto de vista financeiro. Muitos baristas veem o trabalho como uma carreira de curto prazo, porque é difícil sustentar o estilo de vida que se deseja com os salários pagos e, muitas vezes, há falta de oportunidades de crescimento, então fica a pergunta: como se desenvolver na carreira sendo um barista?

Leia a seguir algumas ideias sobre desenvolvimento da carreira.

Lee este artículo en español barista: ¿ Cuáles Son Sus Opciones de Desarrollo Profesional?

Um cappuccino com latte art e um shot de espresso sobre uma sacaria de cafés do Brasil, com grãos de café torrados espalhados sobre ela.

PROGRESSÃO DA CARREIRA NA PRÓPRIA CAFETERIA

Muitas pessoas não compreendem quanta paixão, compromisso e habilidade os baristas colocam no seu trabalho. Ficar de pé durante o dia todo, tirar fotografias, ser obcecado com a qualidade e com a extração, além de oferecer um serviço de primeira ao cliente. Isso tudo sem deixar de ser um especialista em rosetas!

A maioria dos baristas escolhe o seu trabalho por amar o ofício, então por que abdicar disso e ir para um escritório ou algum outro lugar? Se você aprecia o que você faz, mas quer um emprego mais profissional e melhor recompensado, considere outras opções para progressão da carreira nas cafeterias.

Você também pode gostar do Guia de um Barista para um turno de sucesso

Barista compactando o café com tamper apoiado na bancada de trabalho

À medida que o café especial cresce, há um número igualmente crescente de posições gerenciais e de liderança por aí a fora. Mas você pode ter que mudar da cafeteria atual para uma rede maior ou se mudar para uma cidade maior para poder crescer.

NETWORKING: UMA DAS CHAVES PARA A PROGRESSÃO NA CARREIRA

Tim Sturk, diretor de educação sobre café no Cherry Coffee Training e Q grader, afirma que cada indivíduo tem que decidir o que é melhor para si. “Isso está muito relacionado com o que está disponível para eles. Quem quiser trabalhar como barista em Londres tem algumas opções de emprego, mas talvez isto não funcione assim em outras cidades do mundo”.

“Um barista talentoso e qualificado será procurado pelos empregadores, quer seja para promover a marca, a empresa ou para treinar a equipe. Isto leva a outras oportunidades e, consequentemente, as portas para outra carreira podem se abrir sem que se perceba”, ele acrescenta.

Se estiver interessado em ficar onde está, fale com o seu gestor sobre oportunidades de desenvolvimento e mostre entusiasmo para crescer e aprender. Se eles estiverem cientes de que você deseja ficar, mas precisa de novos desafios, eles podem lhe dar mais responsabilidades ou criar um novo cargo para você.

Scott Rao, consultor de café e escritor, diz: “Converse com o seu empregador sobre o seu objetivo a longo prazo. Informe imediatamente seu empregador que seus planos e perspectivas futuras estão ligados à empresa e então pergunte como ele pode ajudar você a atingir seus objetivos.”

Pessoas numa sessão de cupping, provando cafés.

FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Para se desenvolver na carreira de barista você realmente precisa saber sobre café. Uma maneira de provar isso é fazer cursos de treinamento de café e desenvolver-se mais profissionalmente.

Tim Sturk diz que certificações em qualquer campo mostram que a pessoa está falando sério sobre o caminho que escolheu. “O objetivo final é que qualquer pessoa com certificados SCA será um funcionário valioso e procurado em relação a alguém com experiência semelhante, mas sem qualificações”, afirma.

Os cursos podem ser caros, mas se você já estiver trabalhando como um barista, seu empregador pode estar disposto a contribuir com o custo. Pergunte por aí para descobrir quais cursos são considerados interessantes e quais são menos importantes no meio profissional.  Os cursos gerais de gestão ou contabilidade também podem ser adições úteis ao seu CV, dependendo do seu objetivo final e o da empresa para a qual pretende trabalhar.

Barista loiro usando avental com porta-filtro nas mãos em frente à máquina de espresso

Tim diz: “encontro muitas pessoas interessantes em todo o mundo, que têm empregos super bacanas e muitos deles começaram como baristas. Geralmente há um caminho certo de formação, experiência prática, e talvez  treinamentos oferecidos pela própria empresa contratante. As pessoas irão naturalmente gravitar para a sua própria área de interesse. Uma carreira vai surgir de um desejo de saber mais e de desenvolver novas habilidades”.

Segundo ele, seu melhor conselho é se tornar um especialista onde quer que você trabalhe. Não através de informações casuais e sim com uma educação adequada. “Questione tudo o que ouve sobre café”, finaliza.

Três pessoas analisam aspectos de qualidade visual de grãos de café

INVESTIR EM VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

Agnieszka Rojewska é uma barista profissional e Campeã Mundial e aponta: “barista não é um trabalho muito bem remunerado na maioria dos países. Na maioria das vezes, não lhe proporciona estabilidade financeira.” 

Ela diz que o treinamento formal pode ajudar os profissionais a encontrar  empregos melhores e os donos de cafeterias a escolher os colaboradores com conhecimento comprovado. Segundo ela, “certificados são necessários para que o setor tenha padrões e possa compartilhar valores e abordagens.”

No entanto, Scott diz que, embora compreenda que as pessoas sintam a necessidade de colecionar certificações formais, aconselha sempre gastar o seu dinheiro em outras coisas. “Nunca contrataria pessoas por causa de uma certificação, mas pelas suas experiências”, diz.

Homem e mulher sorrindo

COMO SE DESENVOLVER NA CARREIRA DE BARISTA: ÁREAS RELACIONADAS

Tim afirma que se alguém estiver suficientemente motivado para se tornar um barista habilidoso, será inevitavelmente atraído por uma educação mais aprofundada, concursos, eventos e pela própria comunidade de cafés especiais. Isto abrirá portas e fornecerá oportunidades imprevisíveis. 

Segundo ele, “as oportunidades surgem à medida em que exploramos o mundo do café. Ser um barista é a forma mais fácil de começar a atuar no café, mas há muitas outras coisas para fazer nesse meio”. 

Ele acrescenta ainda: “se alguém está motivado e tem intenções de trabalhar com café, ser um barista é um passo vital. É um ponto onde se aprendem as competências básicas necessárias e se experimenta o serviço ao cliente, os desafios do fluxo de trabalho, o trabalho em equipe, a saúde e a segurança alimentar. Todas estas áreas são extremamente relevantes e necessárias.”

Barista de cabelos compridos de frente para um cliente, que está de costas e usando uma touca.

A partir daqui, que outros rumos você pode tomar? Pense onde está o seu entusiasmo e motivação e veja quais carreiras relacionadas existem por aí. Isto pode levar você a oportunidades na torrefação, na importação/exportação, ou mesmo como instrutor de baristas.

Scott sugere pensar além das funções óbvias e procurar oportunidades na sua função atual além de participar de eventos como cuppings abertos ao público, feiras, e meet-ups da indústria. E quando estiver lá, não deixe de fazer networking e de fazer perguntas sobre aspectos técnicos e trajetórias profissionais.

Tim aconselha: “se envolva em toda e qualquer coisa relacionada com o café” e Scott diz que os baristas que procuram novas oportunidades devem fazer networking. “Fale com as pessoas, ouça as pessoas mais velhas e faça perguntas. você pode ter a sorte de encontrar a pessoa certa, aquela que irá contratar você ou se tornar o seu mentor”.

Aprenda mais em Transforme o seu trabalho com o café em uma carreira

Café servido numa chemex

SEGUIR SOZINHO

Talvez você queira fazer uma carreira no café, mas não queira negociar sua trajetória profissional. Muitas pessoas optam por abrir o seu próprio café.

O empreendedorismo não é para todos, mas se você tiver os recursos, a liberdade e a independência, essa pode ser uma ótima escolha para você. Possuir um café permitirá que você continue a trabalhar como barista, aprenda mais sobre o fornecimento dos grãos torrados, e tenha oportunidades de conhecer amantes do café e profissionais da indústria.

Mas antes de assinar o contrato para abrir uma cafeteria, tenha certeza que está preparado. Considere fazer alguns cursos sobre empreendedorismo, elaborar um plano de negócios e saber quando procurar o auxílio de profissionais, como por exemplo um contador. A sua cidade pode ter um pequeno centro empresarial que pode ajudar e para os jovens, muitas vezes existem  programas de apoio nacionais ou regionais, como o Prince’s Trust do Reino Unido.

Close nas mãos de uma pessoa analisando grãos de café

É tão importante saber sobre o seu negócio e ter uma boa ética de trabalho ao montar a sua própria loja como quando se está procurando oportunidades de emprego. Além de lhe dar confiança sobre o seu menu, um conhecimento aprofundado de café o deixará mais atraente para potenciais investidores ou parceiros.

Scott diz que os investidores podem se interessar em você se você estiver trabalhando duro e lhes apresentar um bom plano de negócios.

homem e mulher fazendo cupping

Então, qual será o seu próximo passo? A vida como um barista pode ser difícil, mas é uma excelente base para muitas outras oportunidades. Aprenda com recursos profissionais, faça perguntas a profissionais mais experientes e vá para trás do balcão. O esforço se pagará a longo prazo.

Gostou? Em seguida, leia Barista-chefe: habilidades e responsabilidades

Créditos das fotos: Krista Aleksandersdóttir

Perfect Daily Grind

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Em busca de experiências: Como as cafeterias se transformaram em um refúgio para os clientes https://perfectdailygrind.com/pt/2022/11/03/em-busca-de-experiencias-como-as-cafeterias-se-transformaram-em-um-refugio-para-os-clientes/ Thu, 03 Nov 2022 14:28:11 +0000 https://perfectdailygrind.com/pt/?p=11550 A experiência de visitar cafeterias de café especial tem se tornado um hábito cada vez mais comum entre os brasileiros, principalmente nas grandes metrópoles. Basta abrir as redes sociais para se deparar com diversas postagens de amigos, desconhecidos e influenciadores curtindo um cafezinho ou um brunch. Mas o que torna esses lugares tão atraentes para […]

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A experiência de visitar cafeterias de café especial tem se tornado um hábito cada vez mais comum entre os brasileiros, principalmente nas grandes metrópoles. Basta abrir as redes sociais para se deparar com diversas postagens de amigos, desconhecidos e influenciadores curtindo um cafezinho ou um brunch. Mas o que torna esses lugares tão atraentes para o público?

Para entender mais sobre o assunto e responder a esse questionamento, o PDG Brasil ouviu os fundadores de duas movimentadas cafeterias de Minas Gerais e São Paulo. Também foi entrevistado um casal de coffee lovers, que adora sair para tomar café nos momentos de lazer.

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cafeteria brasil

Um novo conceito 

O OOP Café foi inaugurado em julho de 2016 em Belo Horizonte (MG). Para atrair e ambientar os futuros clientes, Tiago Damasceno começou a movimentar os perfis nas redes sociais antes mesmo da abertura da loja. Entendendo que parte do público viria dos escritórios, ele e a sócia, Adriene Cobra, decidiram oferecer um serviço inovador na capital mineira.

A cafeteria “foi planejada como um espaço de descompressão na Savassi. Um local imersivo pra você abrir a porta, entrar naquele lugar e ser rodeado por uma nova atmosfera”, contou Damasceno. A ideia era oferecer uma oportunidade de escapismo sem a correria e as preocupações do dia a dia. Para isso, a dupla passou a oferecer uma experiência multissensorial, incluindo aspectos visuais e sonoros.

Segundo ele, a OOP também foi construída como uma crítica ao mercado, que sofria com a distorção do barismo, afetado pela postura arrogante de alguns profissionais. “Desde o começo existe uma conversa de que o café não é rei na casa. Aqui, o grau de importância é dividido igualmente entre café, qualidade de café e atendimento”, revelou o empresário.

Com o sucesso da empreitada, uma segunda unidade foi aberta em uma das galerias de arte do Instituto Inhotim, em Brumadinho, em março de 2019. Para reproduzir a experiência oferecida na matriz, houve a reprodução de pontos de contato e da conhecida hospitalidade. Já a qualidade do menu é mantida por meio de produtos de fornecedores locais.

A pandemia forçou uma remodelação na primeira unidade da cafeteria, que passou a contar com lugares externos e o conceito de Praça da OOP. Porém, a experiência antes imersiva acabou prejudicada pela dura realidade das ruas. Com a melhora da crise sanitária, os clientes começaram a pedir o retorno do atendimento na área interna.

experiência na cafeteria

Em fevereiro deste ano, Adriene e Tiago iniciaram o projeto de ampliação do salão com a integração com o imóvel vizinho. O novo espaço foi finalizado para receber o público seis meses depois, em agosto. A clientela também foi beneficiada pela inauguração de uma cozinha. Já a torrefação foi transferida para outro local.

A iniciativa ampliou a capacidade de 30 para 80 lugares, reduzindo o tempo de espera por uma mesa. O tíquete médio dos clientes também melhorou por conta do aumento do tempo de permanência na casa e pela ampliação do cardápio com opções mais elaboradas.

coffee lover

O casal coffee lover

Rafael Café Sforcin carrega uma das grandes paixões no sobrenome. Por coincidência ou não, a família dele sempre teve o hábito de confraternizar tomando um cafezinho em vez de se reunir em grandes almoços. O costume acabou caindo nas graças da mulher, Branca Mecenero Sforcin. Desde então, passaram a visitar diversas cafeterias.

O hobby se intensificou ainda mais quando o casal de São Caetano do Sul, no Grande ABC, conheceu o café especial em 2010 e começou a frequentar locais como o Suplicy Cafés Especiais e o Octavio Café. Os dois ainda conheceram o Coffee Lab depois que um primo de Rafael fez um curso de barista no local e foi lá que eles tiveram grandes experiências.

Na época, a cafeteria comandada por Isabela Raposeiras oferecia um atendimento intimista e didático para a clientela, que ainda era bastante leiga sobre o assunto [atualmente, a cafeteria já conta com um público mais maduro em relação ao tema]. “Tinha essa questão de divulgar e explicar mesmo sobre o café especial”, relembram os coffee lovers. A partir daí, os Sforcin passaram a procurar estabelecimentos com cardápio diferenciado e ambiente aconchegante, muitas vezes na companhia de Elizabete e Sérgio, pais de Rafael.

café cliente

Nos últimos anos, com o surgimento da Covid-19, Branca e o marido passaram a ser mais seletivos no momento da escolha das cafeterias. Com a redução do poder de compra, eles começaram a buscar lugares com melhor custo-benefício, que oferecem cafés e comidinhas de qualidade a um preço justo. Os dois também passaram a utilizar o serviço de delivery de estabelecimentos próximos, como O Segredo da Felicidade Coffee.

cafeteria público

Experiência de outro mundo

O Astronauta Café é uma cafeteria da zona sul de São Paulo que nasceu na internet em junho de 2018. Cinthia Bracco inovou ao compartilhar com os seguidores do Instagram todas as etapas que ocorreram antes da inauguração da cafeteria em novembro do mesmo ano. Ela mostrou a reforma, as dificuldades e os desafios que surgiram ao longo do processo. A transparência se tornou uma característica relevante do negócio.

Pensando na experiência dos clientes, o tema espacial está presente em praticamente todos os pontos de contato, incluindo os perfis nas redes sociais, os itens do cardápio, as louças e os ambientes do imóvel, como a fachada, os salões e os banheiros. “No plano de negócios, tenho uma parte dedicada ao branding e decidi personificar a marca”, revelou a publicitária.

café e criatividade

Vegana há 20 anos, Cinthia decidiu atender a um nicho pouco explorado pelas cafeterias. O Astronauta se tornou um queridinho entre os adeptos do veganismo por não oferecer nenhum produto de origem animal. Para superar a resistência de alguns consumidores, ela elegeu a qualidade dos alimentos e bebidas como um dos pilares do negócio. “Assim, a pessoa vem, come um bolo e percebe que tanto faz comer comer um produto vegano ou não-vegano”, reforçou a idealizadora.

Para garantir o conforto e o sentimento de acolhimento, os cômodos da antiga casa foram mantidos nos mesmos locais, como a sala de estar, a sala de jantar, a cozinha, o lavabo e o quintal. A lojinha com pacotes de café, utensílios, métodos, canecas, chás, geleias, camisetas e itens de decoração foi instalada ao lado da fila do caixa para reduzir o impacto da espera.

encantar cliente cafeteria

O atendimento é outra grande preocupação da fundadora. Os colaboradores passam por capacitação e supervisão constante, incluindo sessões de cupping e visitas aos produtores. A ideia é que eles estejam motivados e capacitados para atender bem ao público e realizar as entregas com padrão e qualidade.

Com foco na empatia e respeito mútuo, o Astronauta lida com as ocorrências de maneira amistosa e diplomática. “A gente sempre se mostrou muito aberto a receber as críticas”, afirmou a empresária. Assim, questões envolvendo o uso de leite vegetal, a entrada de animais na área interna e o acesso ao menu através do QR Code foram contornadas de maneira favorável e positiva para o estabelecimento.

clientes cafeteria

Para estimular o senso de comunidade, a cafeteria atua em parceria com outros negócios locais dos mais diversos segmentos. Entre as ações realizadas está a distribuição de vouchers de espresso grátis. Na época da Páscoa, Cinthia também promove uma caça aos ovos pelas ruas do bairro com vales que podem ser trocados por produtos de consumo imediato ou canecas.

cafeteria e cliente

Encantando a clientela

Oferecer experiências diferenciadas aos consumidores se tornou algo essencial para o sucesso das cafeterias. É importante que cada negócio avalie as características de seu público e enxergue as oportunidades de negócio. 

Na OOP, por exemplo, o calendário de workshops foi mantido apenas entre 2017 e 2019. Já no Astronauta, as oficinas envolvendo sensorial seguem com alta demanda até hoje.

Fidelizar e manter a clientela também não deve sair do foco dos empresários. Branca e Rafael Sforcin sentem falta do atendimento mais próximo que era oferecido no passado. Outra questão levantada pelo casal coffee lover é a falta de iniciativas voltadas para os consumidores de café especial e apoiadores mais antigos. Sobre o assunto, Cinthia Bracco disse: “Li uma pesquisa que indica que 70% da experiência do cliente têm a ver com como ele se sente tratado”.

Os defensores das marcas foram essenciais para que os negócios não fechassem durante a pandemia. Muitas campanhas de financiamento coletivo foram criadas pelos próprios clientes. Sobre as cortesias de café, a fundadora do Astronauta garante que “praticar o marketing de guerrilha não custa muito. A gente tem um planejamento que inclui ações interessantes que, com criatividade, exigem pouco investimento”, conclui a barista publicitária.

Ou seja, é possível encantar o público com iniciativas de baixo custo que priorizem a experiência e, com isso, fazer diferença na vida dos apreciadores e das apreciadoras de café. 

Créditos: Acervo pessoal dos entrevistados, Bárbara Barros, Cinthia Bracco e divulgação das cafeterias.

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